Mulher foi morta na residência do homem, enquanto saía do banho. Homem condenado a 30 anos de prisão ainda deve pagar indenização de R$ 250 mil a família da vítima
Daniély Schnorr
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Um homem foi condenado a 30 anos de prisão por matar uma professora com mais de 20 facadas, em Anápolis. Segundo a decisão que condenou Rafael da Silva Andrade por homicídio qualificado, ele também deve pagar uma indenização de R$ 250 mil a família de Aila Pinto Cardoso, de 34 anos.
O documento foi emitido na quarta-feira (23/11) pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende. Entre as qualificadoras as quais o homem foi condenado, estão:
"Percebe-se que da dinâmica dos fatos que a maneira de agir do réu extrapola as circunstâncias tidas como ordinárias, notadamente pelo fato de que matou a vítima nua, aproveitando-se da circunstância de que acabara de sair do banho", disse o juiz.
Na decisão, o juiz relembra que, na ocasião do crime, o acusado publicou em uma rede social o questionamento sobre quem havia matado a vítima e uma hora depois ele mesmo respondeu a postagem dizendo "eu mesmo numa discussão".
"Diante deste contexto, têm-se demonstrada a frieza do acusado à prática do delito", complementou o magistrado.
O caso aconteceu em 16 de julho de 2019. De acordo com o Ministério Público, o homem condenado e a vítima haviam se conhecido por meio de uma rede social em abril daquele ano e mantiveram um relacionamento a distância pelos meses de maio e junho, uma vez que Aila morava no Ceará. Em junho, a mulher foi para Goiás morar com Rafael.
Ainda segundo o órgão, o relacionamento presencial durou cerca de dez dias, uma vez que a vítima começou a dizer que queria retornar para o Ceará, para a casa de seus familiares. O órgão ainda conta que ela chegou a comprar uma passagem para o dia 17 de julho. O Ministério Público ainda completou que a mulher foi golpeada 25 vezes com uma faca.