De acordo com a sentença, o júri reconheceu a materialidade delitiva e atribuiu a ele as lesões sofridas pela vítima e a matou. Crime aconteceu em 2008
Flávio Antônio de Oliveira, de 49 anos, foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da ex-namorada, Ariana Irene Lemes Vieira, que tinha 29 anos. O crime aconteceu em 2008. A decisão, na tarde desta quarta-feira (5), foi do júri popular presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida.
Na sentença consta que o representante do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a acusação solicitaram a condenação do acusado. A defesa, por sua vez, pediu a absolvição do réu e tentou mudar a qualificação do crime, passando-a de homicídio privilegiado para homicídio simples.
Em juízo, Flávio disse que a vítima morreu acidentalmente. Segundo ele, as facadas a atingiram no momento em que Ariana havia tentado agredi-lo com um golpe de faca e tentava se defender. Entretanto, o júri reconheceu a materialidade delitiva e atribuiu a ele as lesões sofridas pela vítima. E que a mulher foi morta por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa.
A irmã dela, Arihellen Aurora Lemes Vieira, comemorou a decisão. “Estamos aliviados e muito felizes com essa decisão. Depois de tanto tempo, podemos realmente dizer que a Justiça foi feita!”, enfatizou.
Ariane foi morta pelo ex-companheiro no dia 19 de outubro de 2008, na Vila Canaã, em Goiânia. O crime gerou grande repercussão à época, devido à forma brutal com que a vítima foi assassinada. As investigações apontaram, ainda, que a relação entre os dois era conturbada: havia registros de ocorrências na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) contra Flávio por lesões corporais.
Inconformado com o término do relacionamento, Flávio foi à casa de Ariane, que estava chegando de viagem. E a atingiu com várias facadas. A vítima chegou a ser socorrida por familiares, mas não resistiu e morreu no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Após o crime, Flávio fugiu para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS), onde assumiu uma identidade falsa. Ele passou a trabalhar com o nome de nome de Jorge Alberto Mendonça. Um tempo depois, ele se mudou para Pernambuco, onde conseguiu outra nova identidade, desta vez como Lourenço Ferraço Dias. Por último, mudou-se para Goianinha, no Rio Grande do Norte, onde foi localizado e preso pela Polícia Civil.