Transmissão comunitária ocorre quando não é mais possível mapear ou identificar a cadeia de transmissão do vírus. O estado já tem 55 casos confirmados da doença e 1 morte.
Com 55 casos de coronavírus confirmados e 1 uma morte causada pela doença, Goiás já tem transmissão comunitária do vírus, que é quando não é possível identificar onde ocorre o contágio. A explicação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, durante entrevista ao vivo, via internet, no Jornal Anhanguera deste sábado (28/3).
De acordo com ele, no estado de Goiás, como um todo, já é possível considerar a transmissão comunitária, uma vez que o número de casos está ficando expressivo. “Antes era o local, agora está ficando na comunidade. Qualquer pessoa que está próxima de nós, mesmo que assintomática, pode estar com o vírus”, explicou o secretário.
Sobre o aumento de casos confirmados no estado, Ismael Alexandrino explicou que esse aumento já era esperado e que a tendência, ao longo das próximas semanas, é aumentar ainda mais tanto os casos suspeitos quanto os confirmados. “A curva ainda está em baixo, ainda não ocorreu o aclive”, declarou.
Até este sábado (28/3), Goiás tem 55 casos confirmados de coronavírus e 1 morte causada pela doença – paciente de Luziânia que estava internada no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia. O boletim atualizado foi divulgado hoje pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e aponta ainda que existem 1.973 casos suspeitos em investigação. Outros 573 já foram descartados.
Goiânia é a cidade que mais apresenta casos da covid-19, sendo 33 do total. Em seguida está Rio Verde, com sete casos; Anápolis, com quatro; Aparecida de Goiânia, com dois; Valparaíso de Goiás e Jataí, também com dois casos cada uma; já Catalão, Silvânia, Águas Lindas de Goiás, Goianésia e Hidrolândia registram 1 confirmação cada.
Segundo a SES-GO, os registros estão no banco de dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Goiás. Conforme o boletim, os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação.
O hospital de campanha para tratar de paciente com a covid-19, o HCamp, antigo Hospital do Servidor, já tem sete pacientes em tratamento. A respeito disso, o secretário explicou que a unidade recebe pacientes com a suspeita da doença, vindos de outras unidades de saúde, e de acordo com o quadro clínico eles podem ser internados ou enviados para isolamento e tratamento domiciliar.
O atendimento ao paciente que chegar à unidade com Covid-19 funcionará da seguinte forma: primeiro, o paciente fará uma ficha na recepção e, logo em seguida, será encaminhado a um dos 16 consultórios, que funcionarão no sistema fast track, para reduzir o tempo de espera no pronto-socorro. Na emergência, o hospital possui 22 leitos, sendo dez completos, com respiradores e monitores.
Caso haja a necessidade de exames, eles serão feitos na própria unidade, que tem duas máquinas para tomografia computadorizada, otimizando os exames de imagem e a devida higienização. Depois dos primeiros atendimentos, os pacientes serão encaminhados para a sala de decisão, onde receberão o diagnóstico de alta ou internação. Eles ficarão a dois metros um do outro.
G1