Estado registrou 37,44% de pessoas isoladas, enquanto já teve 62,2% da população em casa e foi o líder no Brasil em seguir a medida para evitar coronavírus.
Goiás chegou ao último lugar no país num ranking que mede o isolamento social, conforme a empresa In Loco, que usa como base dados de localização dos celulares. No sábado (9), o estado registrou o menor índice entre todos os estados brasileiros, com 37,44% de pessoas dentro de casa, ocupando a lanterna do ranking (veja o ranking completo ao final do texto).
O estado já esteve entre os líderes de isolamento social. Em 22 de março, o mesmo levantamento registrou 62,2% de celulares parados no estado, ou seja, a população se movimentava com menos frequência. Essa porcentagem de pessoas paradas em um único lugar começou a cair a partir de 26 março, numa queda desenfreada.
A partir da segunda quinzena de abril, houve uma redução ainda maior do isolamento, após Goiás começar a flexibilizar as medidas de contenção do coronavírus. Prefeituras liberaram a reabertura de muitos segmentos comerciais. Os casos confirmados de mortes pelo novo vírus, então, começaram a subir, e os casos de pessoas infectadas também.
O G1 pediu um posicionamento do governo estadual sobre a queda no isolamento social e que medidas podem ser tomadas para evitar a disseminação do vírus, que já infectou 1.093 pessoas e causou 47 mortes, conforme o boletim divulgado neste domingo (10).
Mais rigor no isolamento
O isolamento social tem sido uma das medidas mais usadas pelo governo estadual e prefeituras para conter o avanço do coronavírus entre a população. O raciocínio é que quanto mais as pessoas ficam em casa, menores são as chances de o vírus se espalhar pelas ruas.
Em 24 de abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), admitiu o pensamento em endurecer o isolamento social e fechar todo comércio não essencial novamente. “O que estamos assistindo agora é um prefeito disputando com o outro quem libera mais [o comércio]. Eu quero pedir a compreensão de todos nesse momento. Não brinquem. Nós podemos jogar por terra um trabalho de 40 dias”, disse Caiado.
Pesquisa
A In Loco afirma que a coleta de dados só é feita com a permissão dos usuários dos aplicativos. Além disso, diz não repassar informações como nome, RG ou CPF. Em Goiás, foram analisados os dados de 2 milhões de celulares.
A empresa informa ainda que usa também medidas geométricas, chamadas de polígonos, estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para medir a localização dos celulares da população.
Ranking
G1/Goiás