Anápolis, Itumbiara, Catalão, Goianésia, Iporá, Alto Paraíso, Mineiros, Aragarças e Minaçu são as cidades onde o calor será mais forte. Temperaturas podem passar de 40 °C.
Turismo em Formosa: uma experiência única no coração do Brasil/Fotos: Luana Limirio, e reprodução Instagram @visiteformosa
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta informando que o Brasil irá enfrentar uma onda de calor atípica nos próximos dias. Entre os seis estados listados, Goiás se encontra no nível de calor caracterizado como “perigo”. As temperaturas máximas devem passar dos 40°C e a tendência é piorar a partir de sexta-feira (22).
O alerta foi emitido na manhã da última segunda-feira (18). Uma projeção em mapa mostra as cores predominantes, alaranjado e amarelado, que significa um aumento da temperatura ultrapassando 5ºC, acima da média, e a umidade relativa do ar variando entre 20% e 30%.
Formosa tem previsão de 37º para a próxima segunda-feira (25/09), de acordo com o The Weather Channel, base de meteorologia utilizada pelo Google.
Confira a previsão para os próximos dias.
Essa situação quase chegou a acontecer em Mozarlândia, município de Goiás. Um termômetro de rua registrou que a temperatura estava marcando 44 °C. A estrutura de metal do objeto esquentou devido às radiações solares e impactou no sensor que fica dentro do aparelho e é responsável por medir a temperatura da cidade.
Por outro lado, São Miguel do Araguaia, Aruanã, Porangatu, Jataí, cidade de Goiás, Goiânia, Anápolis, Itumbiara, Catalão, Goianésia, Iporá, Alto Paraíso, Mineiros, Aragarças e Minaçu devem se preparar para lidarem com possíveis temperaturas de aproximadamente 38 °C a 41°C. A previsão somente será confirmada ao longo desta semana e na seguinte. Os alertas estão válidos até quinta-feira (21).
"São Miguel do Araguaia, Aruanã, Aragarças, cidade de Goiás serão as cidades mais afetadas com as temperaturas elevadas. No entanto, todas as localidades enfrentaram uma massa de ar quente excessiva. Jataí e Rio Verde pode chegar a 38, 39°C. Possivelmente na região norte e oeste de Goiás, São Miguel do Araguaia, Aruanã, Aragarças devem chegar a 41°C", afirma Elizabeth Alves Ferreira, coordenadora do Inmet.
O principal motivo das ondas de calor está relacionado a predominância do tempo seco, que consequentemente inibe a nebulosidade, aumenta a insolação e a temperatura da massa de ar.
Segundo o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, uma bolsa revestida de ar quente está espalhada por grande parte do Brasil central, bloqueando atmosfericamente as frentes frias alojadas no Sul.
“A onda de calor registra temperaturas acima do normal entre 3°C a 5°C. Suponhamos que neste período o normal é 33°C. Durante a semana, veremos as temperaturas subindo gradualmente para 35°C a 37°C. Essa constância gera essa situação”, disse André.
Ele ressalta ainda que a expectativa para o início da onda de calor é neste fim de semana. Já para o seu encerramento, tudo depende da frente fria, que causa as tão esperadas chuvas e diminuem o intenso calor. A possibilidade está destinada para ocorrer no fim do mês de setembro.
“Podemos esperar altas temperaturas, muito calor e principalmente chuvas irregulares. Nós precisamos da cooperação da chuva [para que a onda de calor perca a intensidade]. Estamos na expectativa que na virada do mês, próximo ao dia 27 ou 28 de setembro haja uma frente fria avançando pelo Brasil ”, explica André.
Com o cenário da baixa umidade de ar e a insolação em níveis preocupantes, é preciso estar empenhado para tomar os devidos cuidados com a saúde e evitar problemas respiratórios, especialmente no caso de crianças e idosos.
Para isso, Amorim indica protetores solares, uso de roupas leves, prática de exercícios físicos durante a madrugada ou na manhã, uso consciente da água e cuidado com a propagação de queimadas.
“As pessoas devem se hidratar, evitar exposição ao sol e não fazer atividades físicas no período da tarde. Além das altas temperaturas, a umidade relativa irá cair ainda mais. A umidade mínima está entre 20% a 18%, então é interessante a população ficar atenta a esses números e porcentagens”, conclui André.