Os goianos vão pagar mais caro pela água encanada e coleta de esgoto no estado. O Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou na última sexta-feira (31) o reajuste de 5,79% nos serviços. O aumento começa a ser calculado no consumo deste mês e a cobrança será feita na próxima fatura.
Segundo assessoria da Saneamento de Goiás (Saneago), o reajuste, que “acontece anualmente como forma de recomposição da inflação referente ao ano anterior, visa o equilíbrio econômico-financeiro da empresa. Na composição dos custos, a energia elétrica representou 47% do índice, conforme metodologia da AGR”.
No entanto, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação usada como referência para os reajustes salariais e dos benefícios previdenciários em 2018 ficou em 3,43%. Menos 2% do aumento previsto pela AGR para a Saneago.
Ainda de acordo com a Saneago, a resolução da AGR, que é o órgão competente para fixar e autorizar os reajustes, conforme o marco regulatório, permite que o índice entre em vigor dentro de dez dias, refletindo nas contas a partir de 1º de julho. Uma pesquisa feita pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Sinis) do Ministério do Desenvolvimento Regional, em 2017, revelou que Goiás tem a segunda tarifa de água mais cara do país.
No entanto, a Saneago disse em nota que a forma de cálculo utilizada pelo Sinis compara tarifas das companhias com composições diferentes e, com essa metodologia, não é possível refletir o valor efetivamente pago pelo cliente por metro cúbico.
Ainda segundo a companhia, a empresa adota uma “estrutura tarifária escalonada, privilegiando o cliente que possui um consumo consciente, pois quanto menor o consumo, menor é o valor da tarifa por metro cúbico”.
A companhia informou também que os clientes que são beneficiados pela tarifa social não terão suas contas reajustadas. Em Goiás, 23 mil famílias recebem o benefício.
G1