Segundo o laboratório veterinário do órgão, este foi o primeiro caso em animais domésticos nos últimos seis anos em Goiás. Feridos têm recebido acompanhamento médico.
Elias Lopes
Um gato morreu por raiva após ter mordido cinco pessoas em Goiânia, de acordo com o Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Segundo a gerência do órgão, este é o primeiro caso da doença em animais domésticos nos últimos seis anos em Goiás.
Segundo o gerente do laboratório, Rafael Costa Vieira, o gato morava na rua e foi resgatado por uma família no final de janeiro. O especialista explica que o animal começou a ter sintomas no início de fevereiro, período em que ele mordeu quatro familiares e uma médica veterinária.
“No dia 3 de fevereiro ele teve sintomas graves e no dia 6 ele morreu. Um dia depois, ele foi encaminhado para a Zoonoses de Goiânia. Em seguida, veio para o laboratório, e a confirmação saiu na última semana”, explicou Rafael.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), todas as pessoas que foram feridas pelo gato já foram medicadas e estão sendo monitoradas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde.
Ainda conforme a SMS, técnicos em Zoonoses iniciaram medidas de controle para identificar possíveis animais não vacinados em um raio de 2 km do local onde o caso aconteceu.
Segundo o laboratório, os últimos casos de raiva em animais domésticos no estado foram registrados na capital. Um gato no ano de 2011 e um cachorro, em 2015. "No estado temos registros de vários casos apenas em animais de produção, bovinos e equinos, e também em morcegos", disse Rafael.
O gerente do laboratório ainda explica sobre a prevenção da raiva por meio da vacinação. Em Goiânia, as vacinas são oferecidas na Unidade de Vigilância de Zoonoses e na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG).
"A raiva é uma doença que acomete todos os mamíferos, inclusive nós humanos. A melhor medida de prevenção é a vacinação. A vacina é oferecida pela rede pública e privada", explicou.