A entrevista à imprensa foi dada logo depois de sua saída do prédio da PF. O ex-governador disse que respondeu até perguntas sobre as quais "não tinha conhecimento".
O ex-governador de Goiás, Zé Eliton (PSDB), falou à imprensa na noite da última sexta-feira (29/3) logo após prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Goiânia. Zé Eliton, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Decantação na última quinta-feira (28/3), disse que compareceu para prestar esclarecimentos “com tranquilidade”, e que “jamais violou qualquer regra legal”.
A entrevista à imprensa foi dada logo depois de sua saída do prédio da PF. O ex-governador disse que respondeu até perguntas sobre as quais “não tinha conhecimento”. “Fui com tranquilidade prestar os esclarecimentos devidos e respondi a todas as perguntas, muitas das quais eu não tinha conhecimento”, disse.
O tucano foi um dos alvos da segunda fase da Operação Decantação, deflagrada pela PF na última quinta-feira. A operação tem como objetivo apurar um esquema de desvio e lavagem de dinheiro na Companhia de Saneamento de Goiás, a Saneago, e prendeu 5 pessoas. A PF cumpriu num mandado de busca e apreensão no apartamento de Zé Eliton, num condomínio localizado no Jardim Goiás. O ex-governador estava no município de Posse no momento da ação.
Quanto aos os supostos depósitos realizados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), enquanto era o titular, para a Sanefer, Zé Eliton disse nunca foram feitos. “Jamais me reuni com quem quer que seja para tratar desse fato e disse que a sistemática de pagamento do governo do Estado não permite tal situação, na medida em que pagamentos de concessionárias e demais áreas de governo são definidas pela área fazendária, não pelas secretarias especificas do governo”, explicou.
Por fim, Eliton disse que tem idoneidade em toda essa investigação. “Assumi a SSP em 2016 e seria impossível minha atuação nas campanhas de 2008, 2010. Em 2008 eu sequer político era, sequer exercia mandato eletivo. Jamais fiz quais quer coisa que violasse qualquer regra legal”, finalizou.
O ex-diretor da Saneago, Robson Salazar, preso na quinta-feira pela Operação Decantação, já teve sua ordem de soltura expedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Em nota, a defesa do ex-diretor disse que a ordem de soltura “confirma o que sua defesa afirmava desde a deflagração da Operação Decantação 2”, que “autoridade Judicial é incompetente, face à conexão com suposto delito eleitoral, além de não haver contemporaneidade dos fatos narrados com a deflagração da medida”.