Soldado do Corpo de Bombeiros orienta para o descarte correto da embalagem, que deve ser separada até mesmo do reciclável
Uma professora de Anápolis sofreu queimaduras de 2º grau nos braços, mãos e pernas causadas por uma explosão de um frasco de desodorante aerossol. Marlene Moreira, de 59 anos, teve 40% do corpo queimado. O acidente ocorreu no domingo (24) em uma fazenda da família em Trombas, município de Goiás. Segundo ela, a explosão ocorreu após o marido dela colocar fogo em um lixo e não perceber que o frasco estava dentro.
Na manhã desta segunda-feira (25), Marlene fará raspagem no Hospital de Queimaduras de Anápolis. “Meu marido resolveu colocar fogo em um lixo, mas havia um frasco de desodorante que estourou. É preciso alertar as pessoas porque é muito perigoso”, diz a professora. Além de Marlene, ninguém mais se feriu no acidente.
Ao Mais Anápolis, o soldado Filgueira do Corpo de Bombeiros de Goiás explica que, mesmo após o produto acabar, o desodorante deixa resíduos de gás dentro da lata. Segundo ele, dois líquidos compõem a mistura aerossol. “O produto em si e o chamado propelente, que é a substância utilizada para impulsioná-lo para fora. Geralmente é utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP)”, afirma.
Por ser altamente inflamável, o soldado explica que se perfurado ou aquecido, o frasco tende a explodir e causar danos. “Se atingir os olhos os mucosas, mesmo que sem o fogo, pode causar cegueira temporária. Em casos leves, provoca irritação da pele. As especificações nas latas são bem claras a esse tipo de exposição”, enfatiza.
Filgueira orienta para o descarte correto para esse tipo de embalagem, que não pode ser em lixo doméstico. “Deve ser separado até mesmo do reciclável, pois mesmo para eles pode ser perigoso. A conscientização é muito importante, sobretudo em nosso país onde é comum a população atear fogo em seus resíduos domésticos”, pontua.