Saiba como funciona, taxas e valores cobrados em cemitérios e crematórios do estado
Dar adeus a parentes e amigos é sempre um momento difícil. Em geral, os ritos de passagem são marcados por dor e sofrimento da despedida em cerimônias, velórios, sepultamentos ou crematórios. Com a proximidade do Dia de Finados, o Mais Goiás te mostra as diferenças e valores para cremar ou enterrar entes queridos no estado.
Segundo Wanderley Rodrigues, presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios de Goiânia e Região Metropolitana (Sefecc), os procedimentos antes da despedida final são semelhantes tanto para o crematório quanto para o sepultamento. Ele ressalta que, em caso de morte natural, o corpo vai diretamente para a funerária, onde passa por uma conservação para o velório.
Quando a morte é violenta, porém, a vítima vai primeiro para o Instituto Médico Legal (IML), momento em que passa por autópsia e é encaminhada à funerária para as formalidades de praxe.
Conforme explica Wanderley, depois de passar pela funerária, o corpo é liberado para a família para a realização do velório, caso seja o desejo. Por conta da pandemia da Covid, cerimônias para pessoas vítimas da doença foram proibidas. Em geral, para tais ocorrências os enterros são rápidos e com caixões lacrados.
As diferenças entre cremar e enterrar os corpos ocorrem após o período do velório. Na cremação, o corpo é incinerado em um forno crematório. Vale ressaltar que o procedimento só pode ser feito 24h após o óbito. Antes de iniciar, os profissionais responsáveis pelo processo passam um detector de metais no corpo para certificar de que não há marcapasso que possa explodir em razão das altas temperaturas.
Depois disso, o caixão com o corpo é colocado no forno ainda frio. Os fornos crematórios podem chegar a uma temperatura de 1.200°C. Todo o procedimento pode durar entre 1h e 3h, dependendo do porte físico de cada pessoa.
As cinzas não são entregues à família imediatamente. Após a cremação, partes das roupas e possíveis metais restantes são separados por meio de inspeção visual e também de um ímã. Os parentes podem pegar as cinzas após 24h da cremação.
O sepultamento, por sua vez, pode ser feito na terra, em covas e gavetas. O corpo pode ficar no local por até cinco anos. Após este período, os restos mortais é transferida para um ossário no cemitério.
Em todos os casos é preciso fazer um agendamento no crematório e/ou cemitério escolhido para a cremação ou sepultamento.
Em Goiás, segundo o presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios de Goiânia e Região Metropolitana (Sefecc), Wanderley Rodrigues, há três crematórios, sendo um em Goiânia, um em Formosa e o outro em Valparaíso. De acordo com ele, o valor cobrado por este processo é de cerca de R$ 4,8 mil. Ele ressalta, no entanto, que este preço refere-se apenas à cremação. “O funeral é algo à parte”, disse.
No caso do sepultamento, as pessoas possuem duas opções: cemitérios privados e públicos. Em cemitérios particulares, a família precisa ter um jazigo, que pode custar a partir de R$ 7 mil.
Mesmo tendo jazigo, os familiares precisam pagar uma taxa de sepultamento. Em cemitérios públicos, também é necessário pagar a mesma taxa. O valor varia conforme cada local e pode custar entre R$ 163, 91 e R$ 405,31 em estabelecimentos de Goiânia e região Metropolitana. Vale lembrar que a preservação do corpo – trabalho realizado pelas funerárias – não está incluso nestes valores.
À reportagem, Wanderley disse que, embora tenha aumentado a procura pela cremação, tal serviço não é escolhido com frequência. “Em Goiás, isso é uma questão cultural, com base em religiões cristãs, que tem como tradição o sepultamento. Ainda há certa resistência com esse processo crematório”, disse.
Sobre valores de funeral, ele diz que os preços também variam em cada estabelecimento. “Hoje temos um básico em que a pessoa paga algo em torno de R$ 2 mil, mas os luxuosos podem chegar a R$ 30 mil”, comentou.