Filho de Valério Luiz classificou como escandalosa e absurda a falta de estrutura no TJGO.
Em despacho divulgado na imprensa na manhã desta segunda-feira (1/4), o juiz Jesseir Coelho de Alcântara decidiu que não é possível marcar o julgamento dos cinco acusados da morte do radialista Valério Luiz, morto em frente à rádio na qual trabalhava em julho de 2012, no setor Serrinha, em Goiânia. A alegação do magistrado para não marcar o julgamento dos envolvidos no assassinato do cronista esportivo é que falta estrutura da comarca, pois o julgamento pode durar vários dias.
Além deste problema, o juiz afirmou que a precariedade de dormitórios para os jurados, falha no fornecimento de alimentos, de cadeiras confortáveis, espaço limitado e outras reclamações pesaram para que o júri não fosse marcado e não há previsão de data para que o mesmo possa ocorrer.
As investigações da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) duraram oito meses e acabaram com cinco presos pelo homicídio, em 2013. Conforme o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), o inquérito sobre o assassinato do radialista tem mais de 500 páginas e um volume com provas técnicas contra os suspeitos.
Conforme o que foi apurado pela polícia, a morte de Valério Luiz foi em função das críticas feitas à diretoria do Atlético Clube Goianiense.
Filho do radialista classificou como absurda e escandalosa a postura do juiz ao afirmar que o TJGO não tem condições para fazer o júri
“É absurdo, escandaloso ainda mais em um Tribunal de Justiça de médio porte, como é o TJGO, que não é um tribunal pequeno. E isso fere o direito constitucional de acesso à Justiça, em um processo que se arrasta há quase sete anos”, afirmou Valério Luiz Filho.
Valério Luiz Filho afirmou também que a falta de estrutura fez com que o processo ficasse parado na junta médica do tribunal por quase um ano, e que a equipe da junta é pequena, mas a quantidade de trabalho para eles é grande.
“Isso ocorre dentro de um contexto em que o Tribunal de Justiça está fazendo uma série de reformas, e reformas de grande vulto né. Fizeram um estacionamento ao lado do tribunal que quase maior que o tribunal, que agora está sendo chamado de Palácio da Justiça. Fizeram dois fóruns e agora não tem estrutura para um júri”, questiona o filho do radialista.
O filho do cronista esportivo afirmou que o assunto vai ser levado ao presidente do TJGO e caso não seja encontrada uma saída, o caso vai ser levado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e até mesmo para cortes internacionais.
Fonte: Dia Online