Acusado foi preso pela Interpol em Portugal; 10 anos depois condenados cumprirão pena em regime fechado
O Tribunal do Júri de Goiânia condenou no fim da noite desta quarta-feira (9) o ex-presidente do Atlético-GO Maurício Sampaio a 16 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio do jornalista Valério Luiz de Oliveira, dez anos depois do crime.
Ele é acusado de ser o mandante. Outros três réus também receberam penas e um foi absolvido.
Segundo o Ministério Público de Goiás, o homicídio foi motivado por críticas de Valério Luiz à diretoria do Atlético-GO.
O crime foi praticado às 14h de 5 de julho de 2012, depois de o jornalista sair da rádio em que trabalhava, na capital. Ele morreu no local, aos 49 anos, atingido por seis tiros à queima-roupa, dentro de seu carro. Na época, Sampaio era diretor do time de futebol.
Os outros condenados pelo envolvimento no crime foram o policial militar Ademá Figuerêdo Aguiar Filho (16 anos de prisão), acusado de ser o autor dos disparos, o empresário Urbano de Carvalho Malta (14 anos de prisão) e o açougueiro Marcos Vinícius Pereira Xavier (14 anos de prisão).
Os dois últimos foram acusados de participar do planejamento do homicídio.
O sargento reformado da PM Djalma Gomes da Silva, acusado de articular o homicídio com os demais réus, foi absolvido. Segundo o Ministério Público, ele era amigo de Aguiar Filho, com quem trabalhava na segurança de Sampaio.
Os condenados deverão cumprir penas em regime fechado e tiveram a prisão decretada, ao final do júri popular, pelo juiz Lourival Machado da Costa, que presidiu a sessão.
O magistrado mandou a Interpol prender Xavier em Portugal, de onde foi interrogado por videoconferência. Ele se mudou para a Europa após o crime.