Em nota, a PM informou que “a apuração dos fatos encontra-se sob investigação da Polícia Civil e também de Inquérito Policial Militar, por parte da PMDF
Viviane Santos do Carmo Rodrigues, esposa do médico endocrinologista goiano Luiz Augusto Rodrigues, falou com exclusividade ao Mais Goiás. O homem, de 45 anos, foi morto com um tiro por um policial militar, em Brasília. Ainda sem detalhes sobre o que aconteceu, ela comentou sobre a relação com o PM reformado, que estava com a vítima no momento do assassinato. O homem se chamaria Reigle Alves Pires, segundo a viúva. Ela afirmou que o soldado era inconveniente e não era bem quisto pela família.
Apesar disso, ele e Luiz, eram amigos há muito tempo. “Ele meio que perseguia meu marido, era inconveniente. Amizade de assistir futebol. Era agitado, a família não gostava dele.” Ela afirma que os dois davam certo, porque o médico era uma pessoa muito gentil e tranquila. “Às vezes brigavam, mas voltavam a se falar”, diz a viúva, com voz embargada.
Viviane relatou, ainda, não ter entendido o que aconteceu no dia da morte do esposo. Segundo ela, as únicas informações que tem são as já divulgadas pela imprensa.
Sem atualização
A Polícia Civil do Distrito Federal foi procurada para atualizações sobre o caso. O Mais Goiás ainda solicitou confirmação do nome do PM reformado e qual procedimento foi adotado em relação a ele. Em nota, a corporação informou que “a apuração dos fatos encontra-se sob investigação da Polícia Civil e também de Inquérito Policial Militar, por parte da PMDF. A 1ª DP está conduzindo as investigações.”
A PCDF destaca que, por ora, não fará qualquer manifestação sobre o caso. Luiz Augusto deixa dois filhos, um de cinco e outro de 11, do primeiro casamento. Ele estava há quase três anos com Viviane e tinha um enteado de 22 anos.
O médico foi enterrado em Ceres, cidade onde nasceu, nesta sexta-feira (29). O sepultamento foi no cemitério Jardim das Palmeiras.
Caso
De acordo com relatos da PM do Distrito Federal, os militares viram dois homens em atitude suspeita perto de uma caminhonete em frente ao Teatro dos Bancários, na Asa Sul. Os dois foram abordados e, em resposta, o PM reformado, que estava com Luiz, sacou uma arma e apontou aos policiais.
Em seguida, um soldado reagiu e disparou contra o médico, que estava desarmado. O PM reformado portava uma arma calibre .38.
Luiz Augusto foi atingido na cabeça por uma carabina calibre 5.56. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o médico faleceu no local. O soldado que efetuou o disparo não foi preso em flagrante, pois e se apresentou na 1ª DP de Brasília. Ele foi afastado das ruas.
Testemunhas
De acordo com testemunhas, antes de Luiz ser morto, ele assistia ao jogo entre Flamengo e Ceará pelo Campeonato Brasileiro. O médico estava no Bar e Restaurante Cabana, local que frequentava constantemente.
“Quando estava indo embora, foi abordado por uma equipe da PMDF e só deu para escutar o tiro”, contou em entrevista ao Portal Metrópoles um vigilante do local, que pediu para não ser identificado. Já um amigo da vítima disse que o caso é inacreditável. “Passei pelo bar, cheguei a cumprimentar o Luiz. Frequentávamos o local juntos. Era muito amigo. Um cara da paz. Ainda estou sem acreditar”, diz.