Murielly Alves Costa responde presa pelo crime de homicídio qualificado, desde o ano passado. Além de defesa e acusação, nove testemunhas foram convocadas para o julgamento
Empresária Murielly Alves Costa, acusada de matar Bárbara Angélica Barbosa atropelada, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Instagram
A empresária Murielly Alves Costa vai a júri popular, nesta sexta-feira (29), em Goiânia. Ela é acusada de matar Bárbara Angélica Barbosa Silva atropelada e tentar matar a esposa da vítima, Kamylla Lima, em uma distribuidora de bebidas na capital.
O julgamento será presidido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, no auditório do Fórum Criminal Desembargador Fenelon Teodoro Reis, no Jardim Goiás. A previsão é de início a partir das 8h30. Além de defesa e acusação, nove testemunhas foram convocadas.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa da acusada.
Murielly responde presa pelo crime de homicídio qualificado. Segundo o processo, no dia 21 de abril de 2022, ela chegou de carro a uma distribuidora de bebidas e começou a discutir com pessoas que estavam no local (veja vídeo abaixo). Kamyla e Bárbara pediram para que a empresária deixasse a distribuidora, dando início a uma discussão entre as três.
Pelos depoimentos de testemunhas, câmera de segurança e elementos que foram levantados durante a perícia no dia do crime, a polícia concluiu que, após a discussão, Murielly bateu no carro das vítimas, atingiu Kamyla, e só parou quando invadiu um açougue.
Na sequência, Bárbara foi até o carro dirigido pela acusada e colocou metade do corpo para dentro, na tentativa de fazer com que a empresária parasse. A acusada, então, engatou a ré e acabou prensando Bárbara contra a parede do comércio e, depois, contra uma pilastra na calçada. A vítima caiu no chão e morreu no local. Kamyla teve ferimentos, mas sobreviveu.
Empresária suspeita de matar mulher atropelada agrediu pessoas em distribuidora
Peritos da Polícia Técnico-Científica realizaram a reprodução simulada do crime e concluíram que Murielly tinha uma visão clara das vítimas antes de atingi-las com o carro.
Além disso, um laudo de insanidade mental assinado pela psiquiatra Ana Paula Montoro, da junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), concluiu que a empresária tem um tipo de transtorno de personalidade, mas era totalmente capaz de entender o que estava fazendo quando atropelou as vítimas.
Na época em que o crime aconteceu, Bárbara e Kamyla estavam juntas há oito anos e casadas há três. Juntas, elas cuidavam de dois filhos.
"Vou cuidar das nossas crianças. De lá, ela vai sentir muito orgulho da gente. Eles vão ser os homens que ela sempre sonhou que eles fossem", prometeu Kamyla em entrevista aog1no ano passado.
Emocionado, o pai da vítima, Osirley José da Silva, também contou que carinho e atenção eram duas das grandes qualidades da filha.
"Aquele sorriso aberto, sorriso largo de me abraçar, de ficar do meu lado. Uma pessoa super atenciosa, carinhosa, muito preocupada", descreveu o pai.