Secretários estaduais criticam "redução do custeio de leitos pelo Ministério da Saúde"
O estado de Goiás é um dos 26 entes federativos, incluindo o Distrito Federal, que assinaram uma carta direcionada ao governo federal, nesta quinta-feira (18), pedindo socorro para o combate à pandemia. No documento, subscrito pelos secretários de Economia, os Estados pedem recursos financeiros para a manutenção dos serviços de Saúde que atendam “à alta gravidade do momento da crise” gerada pela segunda onda da covid-19.
Conforme a carta dos secretários, durante a primeira onda de contaminação da covid-19 os Estados conseguiram mobilizar estruturas existentes para atender a demanda da pandemia. No entanto, a partir da segunda onda, “essa estratégia não é viável, posto que condições preexistentes voltaram a crescer e coexistem com uma quádrupla carga de doenças: COVID19, causas externas, doenças crônicas degenerativas e outras doenças infectocontagiosas e metabólicas/nutricionais conhecidas.”
No documento, os secretários estaduais criticam ainda a “redução do custeio de leitos pelo Ministério da Saúde” que aflige os Estado “em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus”.
“Urge um imediato aporte de novo orçamento de auxílio aos Estados. O investimento na rede de atenção e vigilância pressupõe novos investimentos tecnológicos na rede de frio, testagem e transporte, assim como mobilização de recursos humanos e materiais para garantir adequada estruturação dos hospitais. Leitos não são uma estrutura que se mobiliza e desmobiliza em semanas. As ampliações envolvem contratos de médio prazo, programação de suprimentos, revisão de perfis de unidades hospitalares […].
Diante disto urge que a União aporte aos Estados novo incremento ao teto de média e alta complexidade para custeio livre da rede de atenção e vigilância, assim como, mantenha o mecanismo já consolidado no SUS de habilitação e custeio fixo dos leitos de UTI-COVID.”
O único que não assina a carta é o Estado de Roraima.