Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira (04/03) a executiva estadual do PSDB expulsou os deputados estaduais Sebastião Monteiro Guimarães (Tião Caroço) e Diego Sorgatto. A medida, contudo, se deu em atendimento a pedido dos próprios parlamentares, feito durante um almoço entre eles e o presidente do Diretório estadual do partido, Jânio Darrot, na terça-feira.
A justificativa dos dois parlamentares para serem expulsos do PSDB é o fato de já estarem compondo à base de apoio do governo Caiado, na Assembleia Legislativa, desde o segundo semestre do ano passado. Em face dessa nova posição política, é natural que não se sentiriam confortáveis, se continuassem filiados no principal partido de oposição ao governo apoiado por eles.
Livres a partir de agora, pra optar por novos partidos aos quais se filiarão, sem correr o risco de perderem os mandatos, Tião Caroço e Diego Sorgatto não têm necessidade de definirem agora os seus novos partidos, visto que só voltarão a disputar eleição em 2022. Eles deverão se filiar a algum partido da base caiadista, mas por enquanto não cogitam quais.
Pelo menos no caso de Tião Caroço, a definição da nova filiação do deputado não ocorrerá muito rapidamente. Ele disse que iniciará nos próximos dias uma série de visitas aos municípios de sua base política, na região Nordeste do Estado, para conversar com cada um sobre o assunto. Caroço sempre foi filiado a partidos originários da antiga UDN, a exemplo do PP e do DEM. Já recebeu convite pra se filiar em alguns partidos.
Quem também tinha a intenção de deixar o partido dos tucanos é o deputado federal Célio Silveira, que chegou a participar do almoço com Janio Darrot e os dois estaduais, quando reforçou o pedido para ser expulso. No entanto, a cúpula do partido negou o pedido, com o argumento de que é o único representante do PSDB de Goiás na Câmara Federal, reeleito em 2018. Quando o político detentor de mandato nas casas do Congresso Nacional e assembleias legislativas sofre expulsão no seu respectivo partido, ele pode optar por outro partido, sem correr o risco de perder o mandato.
Divino Olávio - Notícia Pura