Em junho, o parlamentar chegou a dizer que merecia ser preso por financiar acampamentos golpistas
A Polícia Federal (PF) cumpre nova etapa da Operação Lesa Pátria na manhã desta terça-feira (29/08) com mandados de busca e apreensão em Goiás. O alvo é o ex-deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), de acordo com apuração feita pelo Mais Goiás. As ordens judiciais são executadas em imóveis dele em Goiânia e em Piracanjuba. Ao menos um aparelho celular foi apreendido.
A operação busca identificar pessoas que participaram, financiaram, se omitiram ou fomentaram os atos criminosos que deram origem aos atentados do dia 8 de janeiro.
Sempre polêmico com seu chapéu, Amauri Ribeiro subiu na tribuna da Alego no dia 6 de junho para condenar a prisão do tenente-coronel Benito Franco, preso na mesma operação dois meses antes.
Em sua tese, se o militar estava na prisão, ele próprio também deveria seguir o mesmo caminho, afinal, cometeu o mesmo erro.
“Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”, disparou.
O assunto logo ganhou repercussão e ele acabou recorrendo aos trabalhos do advogado Demóstenes Torres para sua defesa.
“Foi apreendido um celular do Deputado. A defesa pedirá acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão”, ressalta Demóstenes.