Geraldo Magela Caetano Ferreira, de 59 anos, estava foragido desde setembro do ano passado após ser denunciado por homicídio e ocultação de cadáver
Geraldo Magela Caetano Ferreira, de 59 anos, denunciado por homicídio e ocultação de cadáver — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Um dentista foi preso no interior do próprio consultório odontológico, em Ceres, no centro goiano, depois de passar quase um ano foragido da Justiça de Rondonópolis, no Mato Grosso. Geraldo Magela Caetano Ferreira, de 59 anos, foi denunciado em setembro de 2022 por matar e ocultar o corpo do marido da amante, segundo o delegado Marcos Gomes. A mulher, inclusive, também foi denunciada pelo mesmo crime, mas se encontra presa desde o ano passado no estado matogrossense.
O g1 tentou localizar as defesas do dentista e da mulher para que se posicionassem, mas não conseguiu localizá-las até a última atualização desta reportagem.
O delegado conta que o crime ocorreu no ano de 2021, sendo que o dentista, que morava em Goiânia, foi até a cidade para ajudar a amante a se livrar do marido. Depois do homicídio, eles voltaram para Goiás. O corpo de Edmilson Ferreira da Silva, de 46 anos, nunca foi encontrado.
“A Polícia Civil de Mato Grosso, com o nosso apoio, já havia cumprido mandados de busca nas residências do dentista. Posteriormente, cumpriu um mandado de prisão temporária. O prazo da prisão se esgotou e ele foi solto, mas depois o juiz acatou pela prisão preventiva e desde então ele estava foragido”, explicou.
Marcos diz que o dentista deve ser encaminhado para o Estado do Mato Grosso, onde será julgado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, assim como a amante. Caso sejam condenados, eles poderão pegar uma pena de até 33 anos de prisão.
“Eles negam a participação no crime. Porém, a investigação apontou que ele foi até lá dar apoio a ela, inclusive, podendo ter participado do homicídio. A polícia encontrou indícios de homicídio na casa onde eles [vítima e mulher] moravam. Foram encontradas armas de fogo em poder dele [dentista], mas não pode ser feito o exame microbalístico porque o corpo não foi encontrado”, explicou.