Segundo bombeiros, vítima tem 7 anos, foi ferida no glúteo e encaminhada ao Huapa. Quadro clínico é considerado estável.
Após ser baleada, criança pediu ajuda e foi socorrida por funcionários de escola — Foto: Rodrigo Gonçalves/G1
Uma criança de 7 anos foi baleada nesta segunda-feira (18), em uma rua de Aparecida de Goiânia, Região Metrotpolitana da capital. Segundo o Corpo de Bombeiros, após ser ferido na região dos glúteos, o garoto pediu ajuda em uma escola particular que fica nas proximidades e recebeu os primeiros socorros de funcionários.
A escola fica no Setor Araguaia. A Polícia Militar esteve no local e apura se o tiro era para o padrasto da criança com quem ele estava catando materiais recicláveis na rua próxima ao colégio. Os bombeiros informaram ainda que foram acionados, prestaram socorro ao menino e o levou ao Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).
Segundo o padrasto da criança, eles estavam cantando o material reciclado de moto com uma carroceria, quando houve uma troca de tiros entre pessoas que ele diz não conhecer.
"Um disparo acabou acertando de raspão as costas do menino. A gente subiu na moto, mas quando vi que ele tava ferido peguei ele no colo e vim pedir ajuda ao segurança do colégio. Eles levaram ele lá pra dentro e fui pegar a moto e voltei para cá. Esperei o bombeiro e a polícia chegar", informou.
O padrasto nega que os tiros tenham sido direcionados a ele. " Não conheço quem atirou. Só vi na hora que era uma troca de tiros", afirmou, informando ainda que já esteve preso durante três por esfaquear uma pessoa, mas alega legítima defesa.
Segundo a mãe do padrasto, o homem não pôde ficar na unidade de saúde da criança. "Ele não abandonou a criança, que ele cria como filho. Só que ele oficialmente não pode responder por ele, por isso o Conselho esteve na Huapa e pediu pra chamar a mãe. Meu filho não deve nada e os tiros não foram para ele", disse.
A mulher informou ainda que a criança estuda. "A esposa dele tem ciúmes e coloca a criança para acompanhar ele, o que é errado", disse.
A unida de saúde informou que o quadro do menino é considerado estável. Ele foi atendido e aguarda para passar por exames de imagem.
De acordo com o proprietário da escola Paulo Sérgio Rodrigues o caso aconteceu no horário de saída dos alunos do turno da manhã, por volta das 11h, e não houve pânico. A escola seguiu funcionando normalmente.
"Eu recebi a notícia não estava na escola e vim imediatamente para cá. Levei um susto quando cheguei no portão e soube que tinha uma criança baleada, mas o segurança logo esclareceu que não era aluno. Mesmo que o fato pudesse gerar algum pânico por conta de casos envolvendo escolas, a gente não podia deixar de socorrer. Era uma criança precisando de ajuda", disse Paulo Sérgio.
Colégio colocou nota em rede socialO Colégio Araguaia, onde o menino foi socorrido, informou, por meio de uma rede social, que a criança não é aluna da instituição e buscou socorro no local após ser atingida.
Ainda conforme a nota de esclarecimento, a escola "imediatamente solicitou aos órgãos responsáveis as devidas providências".
Por fim, o colégio disse que "a seguranças dos alunos continua sendo uma das prioridades" do centro educacional.
Apesar da situação, a escola funciona normalmente.
Fonte: G1