Reidimar Silva foi preso após confessar o assassinato de Luana Marcelo, em 2022. Em seguida, confessou a morte de Thaís Lara, que estava desaparecida desde 2019
Exames feitos na ossada do corpo da menina Thaís Lara da Silva indicaram que o ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos separou os braços, antebraços e coxas antes de queimar os restos mortais e jogá-lo numa cisterna da casa onde ele morou.
O g1 não localizou a defesa de Reidimar para se manifestar até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil chegou à ossada de Thaís após Reidimar confessar o assassinato dela e indicar o local onde escondeu o corpo. Ele já estava preso por matar outra menina no mesmo bairro onde morava, a Luana Marcelo Alves, de 12 anos, no Madre Germana II, em Goiânia.
O crime contra Thaís aconteceu em 2019. Segundo a polícia, Reidimar enforcou Thaís até a morte, desmembrou partes do corpo, jogou na cisterna de casa e depois colocou fogo. A menina desapareceu após ir à feira do bairro.
Os exames foram feitos em 23 de janeiro deste ano por um médico legista. Ele apontou várias fraturas no esqueleto da vítima, com características diferentes. Em relação às fraturas nos ossos dos membros superiores e inferiores, mais especificamente na região dos braços, antebraços e coxas, ele constatou que a segmentação corporal foi feita após a morte.
"Observando a extremidade das fraturas no fêmures, foi possível observar que parte da superfície da fratura e alguns pontos internos ao osso, havia a presença de fuligem/áreas escurecidas, indicando que estas estruturas já estavam fragmentadas quando atingidas pelo calor/fogo. Portanto, a ação térmica nestas regiões aconteceu com estas estruturas já fragmentadas", destacou o legista.
A perícia apontou ainda que os membros/ossos foram segmentados por emprego de ação violenta por instrumento ou meio de ação corto contundente, cujos atos de segmentação foram empregados por golpes distintos em quantidade indeterminada, mas havendo compatibilidade temporal, ou seja, produzidas no mesmo evento.
Após a análise da ossada, a perícia concluiu que não foi possível estimar a causa e o tempo da morte, por causa de fatores de decomposição do corpo e o acesso de animais ao local.
A delegada Ana Paula Machado contou que Reidimar foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver.
Agora, o Ministério Público vai analisar os documentos e pode denunciar Reidimar por mais esses crimes. Ele já foi indiciado pela morte de Luana Marcelo em dezembro de 2022 e está preso desde a época do crime.
A delegada Ana Paula Machado explicou que Reidimar enforcou Thaís Lara, queimou o corpo dela e o jogou em uma cisterna da casa onde morava. A ossada da menina foi achada em 11 de janeiro de 2022.
Em depoimento feito na prisão, ele disse que matou a menina porque ficou com raiva após ela perguntar se ele era estuprador. Havia informações circulando no bairro de que ele teria estuprado uma menina em 2015.
"Ela perguntou se era verdade o que o pessoal falava no bairro, que ele era estuprador. Ele disse que ficou com muita raiva e partiu para cima dela", detalhou a delegada.
A Polícia Civil investiga outros casos de desaparecimentos no Setor Madre Germana II para saber se Reidimar também pode ser o autor.
Luana Marcelo Alves tinha 12 anos quando desapareceu. Ela saiu para ir numa padaria perto de casa, no dia 27 de novembro de 2022, e não voltou para casa. O corpo dela foi encontrado três dias depois, no quintal da casa de Reidimar Silva Santos. Ele confessou ter matado a menina após ser preso.
Segundo a Polícia Civil, Reidimar contou que convenceu a menina de entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro para a mãe dela e que passaria a quantia. Depois, já na casa dele, ele tentou estuprá-la, mas ela resistiu. Então, ele a enforcou e a estuprou depois de morta.
Depois da morte, ele contou à PC que usou madeira e isopor para colocar fogo no corpo e enterrou a menina no quintal de casa, usando cimento, o que dificultou até mesmo que os cães farejadores descobrissem o corpo no local.