Com a decisão, o processo fica suspenso até o recebimento dos laudos dos exames
Durante audiência de instrução processual realizada nesta quarta-feira (9), no Fórum Criminal de Goiânia, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara determinou que os acusados de assassinar Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, passem por exame de insanidade mental.
Os réus são Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 23 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, e Enzo Jacomini Carneiro Matos,18, que se apresenta como Freya.
Com a decisão, o processo fica suspenso por 45 dias, até o recebimento dos laudos dos exames. De acordo com o juiz, a defesa de Jeferson já havia pedido que ele passasse pelo exame, mas a aprovação ainda estava pendente. Agora que o pedido da defesa foi deferido, o exame foi estendido para os demais acusados. A decisão se os acusados vão ou não a júri popular deve ter tomada após a divulgação dos laudos.
Segundo o juiz, durante o interrogatório realizado nesta quarta (9), Jeferson detalhou algumas situações do crime, mas disse que seu envolvimento foi somente dirigir o carro onde aconteceu o fato. Já Raíssa, afirmou que não teve participação no crime, culpando apenas a adolescente de 16 anos, que foi apreendida por envolvimento no caso. Enzo Jacomini (Freya) decidiu ficar em silêncio no interrogatório.
Em relação a adolescente, por ser menor, o processo corre em segredo na Vara da Infância. Ela pode pegar pena máxima de até três anos.
A reportagem não localizou a defesa dos acusados até a divulgação da matéria. O espaço segue aberto.
O crime aconteceu em agosto de 2021, quando Ariane Bárbara foi morta com golpes de faca dentro de um carro, em Goiânia. De acordo com o inquérito policial, os três acusados, juntamente com uma adolescente, conheceram a vítima em uma pista de skate. Eles tinham amizade e teriam convidado Ariane para lanchar, já com intenção de cometer o crime.
As apurações apontam que Raíssa queria saber se tinha algum transtorno de personalidade e, para isso, precisava matar alguém para ver sua reação, por isso, escolheram Ariane como vítima.
Após o crime, o corpo de Ariane Bárbara foi levado para uma área de mata no setor Jaó, em Goiânia, e coberto por pedras e entulhos de obras. Ele só foi encontrado uma semana depois. Os acusados foram presos e a adolescente apreendida cerca de 20 dias após o crime.