A gestão já está marcada pelo não pagamento da folha de dezembro de 2018 e a greve dos professores
O governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) apresentou, na manhã desta quarta-feira (10), um balanço dos seus 100 dias à frente do Governo. Dentre os destaques, ele apontou a economia de R$ 1 bilhão com o corte de incentivos fiscais e redução de 20% de gastos. Contudo, a gestão já está marcada pelo não pagamento da folha de dezembro de 2018 e a greve dos professores.
Caiado voltou a falar sobre a herança de um estado em crises e afirmou que trabalha com transparência para tornar Goiás um exemplo nacional. “Estamos resgatando valores essenciais da gestão pública, da democracia e da vida republicana. Nossos desafios não são pequenos. Encontramos um cenário de crise financeiras e de falência dos serviços públicos, muito mais grave do que se imaginava. Pegamos o estado com uma crise financeira e falência dos serviços públicos”, disse.
O democrata destacou a implantação do sistema de compliance que, segundo ele, possibilita o diagnóstico e verificação dos contratos públicos. Além de evitar desvio de dinheiro público. E disse que espera que o Governo Federal vote e libere, nos próximos, dias o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), para que haja a possibilidade de empréstimos ao estado.
No início do balanço, Caiado assinou dois decretos. O primeiro cria um novo código de ética para os servidores públicos e o segundo proíbe a utilização da foto do chefe do Executivo em repartições públicas, que será substituída por uma bandeira do estado. Contudo, em janeiro de 2018 o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) já havia determinado que o estado retirasse as fotografias, bem como proibido a fixação de novas.
Segurança Pública
O governador disse que nunca se viu, em 100 dias, resultados com efeitos tão concretos em relação ao policiamento. E que a polícia do estado é referência nacional e tem atuado na desarticulação de quadrilha de roubo a cargas, combate ao tráfico de drogas e latrocínio.
Educação
O Governo chegou aos 100 dias em meio à greve na Educação pelo pagamento do salário de dezembro de 2018, além de benefícios como o vale alimentação. “Eu peço que reflitam. Não posso pegar dinheiro da saúde do município e não repassar ao município. Não posso pegar o dinheiro do transporte escolar do município e fazer o uso indevido como faziam. Estamos fazendo o possível para pagar todos, mas nossas crianças não podem ser prejudicadas”, disse Caiado aos professores.
Pagamentos
Segundo Caiado, desde que assumiu o governo, os pagamentos dos servidores têm sido efetuados em dia, já que os repasses são feitos no mês trabalhado. Com relação aos salários de dezembro, o governador afirmou que é um assunto herdado. “Quem penalizou o servidor foram exatamente aqueles que falavam que defendiam. Não tem essa marca comigo. É um assunto que herdei. A ex-gestão se divorciou da ética e casou com a corrupção”, disse.
Saúde
A reabertura de unidades importantes como a Vila São Cottolengo, Hospital Materno-Infantil (HMI) e Hugo foram apontadas como pontos positivos. Além de novos leitos pedriátricos no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O objetivo é desafogar HMI, que possui atualmente situação de superlotação.
“O Hospital Materno Infantil estava quase fechando. Os servidores faziam vaquinha para comprar medicamentos. Mesmo sendo uma Organização Social (OS), vamos garantir o atendimento de crianças na UTI e centro cirúrgico da unidade. Essa é uma medida provisória até conseguirmos construir um novo hospital que atenda a demanda”, informou.