As Forças Armadas mobilizaram mais de 3 mil militares para um treinamento, em Goiás, com tropas dos Estados Unidos, da China e de outros países. Segundo a Marinha, que coordenam a operação, esse tipo de treinamento com tropas de outros países é comum. Vai ser a primeira vez que tropas da China participarão.
"A participação de observadores da República Popular da China e dos EUA já ocorreu no ano de 2023. Cabe destacar ainda que os EUA participaram também da Operação Formosa 2023 com um efetivo de tropa constituído. Na Operação Formosa 2024 temos pela primeira vez a participação de parcelas de tropa constituída de ambas nações amigas", informou a Marinha.
Ainda de acordo com a Força, o convite a efetivos de outros países serve para aprimorar a troca de experiências militares entre nações amigas.
"A realização de convites a nações amigas para participação em exercícios é de praxe. A importância de tal convite está diretamente relacionada com a possibilidade de promoção de uma maior integração entre a Marinha do Brasil e as forças das nações amigas. Esse ano a Operação Formosa 2024 conta com a participação de 10 nações amigas, possibilitando assim uma grande troca de conhecimentos e experiências."
A Operação Formosa é considerada o maior exercício militar da região do Planalto Central. Neste ano, o treinamento conta pela primeira vez com mulheres que são soldados fuzileiros da Marinha.
Exército e Aeronáutica também participam da operação, realizada desde 1988. O treinamento, que utiliza munição real, ocorre no Campo de Instrução de Formosa (GO), cidade goiana próxima ao Distrito Federal. A edição deste ano teve início na quarta-feira (4) e irá até o próximo dia 17.
Segundo o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha, além das tropas chinesas e norte-americanas, a operação tem a presença de observadores de outros oito países:
De acordo com a Marinha, os militares convidados realizam, em conjunto com as tropas brasileiras, oficinas de troca de experiências, chamadas de Subject Matter Expert Exchange (intercâmbio de especialistas em tradução livre).
O treinamento simula uma operação anfíbia, considerada a mais complexa das ações militares. A operação tem o objetivo de manter as condições de atuação imediata dos Fuzileiros Navais e de aprimorar a atuação conjunta de Marinha, Exército e Aeronáutica,
Todo o armamento empregado utiliza munição real e prepara os militares para ações de:
O exercício utiliza aeronaves, carros de combate, veículos blindados e anfíbios, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes que percorreram mais de 1,4 mil quilômetros entre o Rio de Janeiro e Goiás.
Carro Lagarto Anfíbio (CLAnf), blindado JLTV e Guarani, sistema Astros e aeronaves AF-1 Skyhawk, KC-390, Super Tucano e R-99 estão entre os equipamentos utilizados no treinamento.