Nos bastidores cogita-se que o ex-presidente concorra ao senado; Michelle Bolsonaro hoje é a escolha do PL para a disputa presencial
O ex-presidente Jair Bolsonaro pode buscar mandato de senador por Goiás. Ele seria candidato a uma das duas cadeiras que estarão em disputa em 2026.
Isso, claro, se uma nova postulação a presidente da República não se viabilizar, especialmente por falta de opção partidária como se desenha - hoje, a legenda a que Bolsonaro está filiado, o PL, prefere o nome da ex-primeira-dama Michelle ao dele.
Bolsonaro acumula trunfos para ser candidato em Goiás. Ele foi o presidente que mais visitou o estado, transita bem nos meios evangélicos e tem forte identidade com o agronegócio, especialmente na região do sudoeste goiano. Teve votação majoritária na quase totalidade dos municípios, inclusive na capital.
Em cidades importantes como Anápolis, o terceiro maior colégio eleitoral, chegou a obter 70,5% dos votos.Além disso, desfruta de grande base parlamentar nas bancadas estadual e federal do estado.
Boa parte dos 246 prefeitos também não negaria apoio ao capitão. O clima é ambiente são totalmente favoráveis ao ex-presidente, que ajudaria ainda na eleição de deputados estaduais e federais, podendo ainda levar de carona o segundo candidato a senador na chapa. Sem contar que daria um palanque forte para o postulante ao governo de Goiás do campo da direita.
E o risco de uma eventual derrota de Bolsonaro seria quase zero. O PL nacional guarda essa carta na manga para um eventual plano B.
Caso uma eventual candidatura emplaque, Bolsonaro repetiria Juscelino Kubitschek, que se elegeu senador por Goiás em 1961. Na época, JK costurou uma frente política histórica e montou palanque com Pedro Ludovico e Alfredo Nasser, líderes políticos ferrenhamente antagônicos no estado. JK, claro, foi eleito.