Laudo cadavérico apontou traumatismo "por meio de ação contundente". Caso aconteceu em Anápolis e criança estava internada no Hugol desde o dia 4
A prévia do laudo cadavérico da criança de um ano de idade que morreu na manhã desta segunda-feira (9), após ser supostamente agredida pela madrasta, mostra que a vítima morreu após “traumatismo craniano por meio de ação contundente“. É o que diz Kênia Segantini, delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Anápolis.
“Ainda não descartamos nenhuma hipótese pois vamos partir para os próximos passos da investigação. É preciso aguardar todos os laudos ficarem prontos e ouvir possíveis testemunhas. Será feito um laudo pericial no local da queda da criança, para confrontar com o laudo cadavérico e com a fala da madrasta”, afirmou Segantini.
Segundo a delegada, já foram ouvidos os pais do bebê, Edmilson Lima Pinto Martins, 24 anos, e Lauriene Silva Martins Pinto, 22, além da madrasta suspeita de agressão. “Ela declarou que deu banho na criança e a colocou em cima da cama para vesti-la, momento em que a queda aconteceu. Disse também que comunicou ao companheiro e acionou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, acrescente Kênia.
A delegada afirma que a suspeita permanece em liberdade, pois não possuem provas para incriminá-la.
O Conselho Tutelar trabalha em conjunto com a Polícia Civil (PC) de Anápolis na investigação do caso. A conselheira Rose Monteiro contou ao Mais Goiás que o relacionamento do pai do bebê com a namorada tem apenas quatro meses e que, no dia em que a bebê se machucou, quarta-feira (4), foi a primeira vez que a criança dormiu sozinha com os dois.
A criança morreu no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em decorrência dos ferimentos. O velório teve início às 14h da tarde desta segunda-feira no Cemitério Jardim da Paz, Aparecida de Goiânia.
G1/Goiás/Mais Goiás