Guanabara City, time de empresários com forte atuação na Europa, é a nova casa de Heli Carlos
Por Bruno H. de Moura, Distrito do Esporte.
Foram 20 anos sendo identificado com o Formosa Esporte. Agora, o ex-jogador e treinador Heli Carlos quer ser lembrado por outras cores que não só a alviverde de Formosa. O goiano de 41 anos será o técnico e a cabeça formadora do Guanabara City Futebol Clube. O clube empresa de Goiânia é voltado à formação de atletas desde a base. O novo treinador foi hoje (12/10) para Goiânia de mala e cuia e será apresentado no novo clube amanhã (13/10).
Capitaneado pelos empresários Cid Sá e Flávio Ribeiro, o time estreará na terceira divisão do campeonato de Goiás com um projeto audacioso. A ideia dos donos é, em pouco tempo, estar na elite do futebol nacional. Será um clube formador que usará dos torneios que disputar no profissional como vitrine para as joias que lapidar.
Cid Sá e Flávio Ribeiro representam alguns jogadores que já atuam no futebol Europeu. Entre eles Carlos Vinicius, que até 15 dias atrás era atleta do Benfica e foi vendido para o Tottenham por 36 milhões de libras, algo em torno de 261 milhões de reais. Heli, que por muito tempo atuou com categorias de base, terá a missão de transpor esses jogadores do juvenil para o profissional.
Nesse campeonato Candango 2020 o meia-volante Caio Carioca era um dos mais cobrados por Heli Carlos nos jogos do Formosa Esporte. Havia quem entendia com um exagero do treinador. Mas, no final, Caio Carioca aproveitou os ensinamentos do seu ex-treinador e foi captado para o futebol português. Hoje é atleta do Acadêmica de Portugal.
Segundo Heli Carlos, a ida para o Guanabara City consolida sua ideia de futebol e do que deve ser um clube no Brasil. “É um projeto audacioso, onde o objetivo é, em pouco tempo, estar na elite do campeonato Nacional e que trabalhará muito forte na formação de atletas.”
O Guanabara terá como como referência o bairro Guanabara de Goiânia e será o sexto time da capital, unindo-se aos consolidados Goiás, Altético-GO, Vila Nova e Goiânia. Além de Heli Carlos, o preparador físico Rodrigo Ferreira, que atuava no Formosa, também irá para o novo clube.
“Esperamos fazer um bom trabalho. Esse projeto eu aceitei pq ele é bem compatível com o que sempre objetivei com o Formosa: estruturar o clube com centro de treinamento, fortalecer a categoria de base para formar jogadores para o profissional e obter lucros para o clube com vendas de atletas. Enfim fazer o clube andar com suas próprias pernas e ñ ficar refém de projetos público, enfim ser referência com suas categorias de base.”, conta Heli Carlos à reportagem do Distrito do Esporte.
Para o treinador, o projeto representa aquilo que intentava no Tsunami do Cerrado, mas que a dependência do poder público acabava por atrapalhar a execução. “Até conseguimos alguns feitos (no Formosa), como ser campeão candango infantil, juvenil e chegar próximo ao título sub-20, porém me faltou estrutura, e mesmo assim estivemos com vários jogadores da base no profissional nos dois anos que estive no comando.”
Na visão do treinador, faltou independência do Formosa e foco na formação de atletas para a consolidação de um projeto de futuro. “Infelizmente, não colocaram minha ideia de formação no clube. Não tivemos êxito e apoio para que isso prosseguisse. O Henrique (Botelho, presidente do Formosa) ficou muito sozinho para realização desses projetos necessários para o clube, mas muita coisa boa aconteceu nesse sentido. Mesmo sem apoio pra isso o Henrique fez muito com pouco”, sacramentou o agora treinador em Goiânia.
Sobre voltar ao Formosa para o comando do Formosa no Candangão 2021, Heli Carlos disse que “a priori, não”.