Desenvolvedora japonesa anunciou que jogador fictício, popular em jogos da década de 1990, foi inspirado no atacante – encerrando um mistério de 20 anos
No gol, Da Silva. Na defesa, Ferreira, Vincento, Paco e Cícero. Roca, Santos, Pardilla e Beranco no meio-campo e, no comando do ataque, Gomez e Allejo. Quem foi criança nos anos 1990 provavelmente cresceu com essa escalação de futebol na ponta da língua – ainda que nenhum desses nomes tenham de fato pisado juntos em um campo oficial. A culpa é do jogo International Superstar Soccer, um dos principais títulos do console Super Nintendo e que foi lançado em 1995.
Ao invés de jogar com nomes como Dunga, Taffarel ou Romário, que brilhavam à época, quem optava pela seleção brasileira no game tinha de se acostumar com a lista de craques fictícios acima. Isso acontecia por um motivo simples: por mais que quisesse representar fielmente as seleções oficiais dos países, a Konami, empresa japonesa que produzia o jogo, não tinha licença para usar o nome real dos jogadores.
Com uma boa dose de improviso, os desenvolvedores do International Superstar Soccer acabaram batizando os personagens de forma genérica – mas mantendo as características físicas e táticas dos atletas originais, é claro. Isso não valia apenas para a seleção canarinho, mas para qualquer uma das outras 27 equipes nacionais que constavam no jogo. Quem escolhia a Argentina, por exemplo, encontrava os desconhecidos Redonda e Capitale. Jogar com a Itália, implicava escalar nomes como Premoli e Fidrini, que jamais vestiram as cores da azzurra.
Não que isso atrapalhasse de alguma forma a diversão dos jogadores frente à TV. A falta de precisão, pelo contrário, fazia até parte do charme do jogo – e continuou presente no imaginário de jogadores da época mesmo décadas depois.
Para os brasileiros, o nome mais marcante foi o do atacante Allejo, que vestia a camisa 7 da seleção nacional. Mesmo sem jamais ter entrado em campo de verdade, o jogador vendeu camisas com seu nome estampado, ganhou verbete neste site de memória esportiva e, quem diria, virou tema de documentário.
Fonte: Super Interessante