© Fornecido por Três Editorial Ltda Michael Jackson se apresenta a uma corte de Santa Bárbara em junio de 2005 durante julgamento contra ele por abuso sexual de menores - POOL/AFP/Arquivos
A administração do patrimônio de Michael Jackson interpôs nesta quinta-feira (21) uma ação de 100 milhões de dólares contra a HBO, devido à pretensão da emissora a cabo de exibir um documentário, segundo o qual o cantor teria abusado sexualmente de duas crianças.
O processo, de 53 páginas, apresentado em uma corte de Los Angeles sustenta que a HBO violaria uma cláusula contratual que a impede de falar negativamente do rei do pop se chegar a transmitir “Leaving Neverland”, que estreou este ano no festival de Sundance.
“Michael Jackson é inocente, ponto”, destacou a ação. “Em 2005, Michael Jackson foi submetido a um julgamento (…) e foi liberado por um júri”.
“Dez anos se passaram e ainda estão ali aqueles que se beneficiaram de seu enorme êxito mundial e se aproveitaram de suas excentricidades”, acrescentou.
O documentário de quatro horas, dividido em duas partes, está previsto para ser lançado no começo de março e inclui os testemunhos de dois homens, Wade Robson e James Safechuck, que garantem ter sofrido abusos sexuais do rei do pop quando tinham 7 e 10 anos.
Em um comunicado, a HBO reiterou que vai exibir o documentário, como estava previsto.
“Apesar das medidas desesperadas tomadas para minar o filme, nossos planos continuam sendo os mesmos”, indicou a emissora a cabo em declaração enviada à AFP. “A HBO seguirá adiante com a exibição de ‘Leaving Neverland’, o documentário, em duas partes, em 3 e 4 de março”.
“Isto permitirá a todo mundo avaliar o filme por si mesmo”, concluiu.
A ação sustenta que em 1992 a HBO exibiu uma apresentação em Bucareste da turnê mundial “Dangerous”, de Jackson, e que naquele momento aceitou uma cláusula que a impede de falar mal e causar danos à reputação do músico.
“Em violação, tanto das normas básicas do jornalismo documental, quanto dos termos explícitos do acordo, a HBO desacreditou o legado de Jackson ao emitir um trabalho que conta um só lado da história contra Jackson, baseado exclusivamente nos relatos falsos de dois mentirosos em série comprovados”, diz a ação.
A mesma pede à corte que determine à HBO participar de uma arbitragem não confidencial que poderia custar ao canal 100 milhões de dólares se for declarado responsável.
Jackson, que morreu em 25 de junho de 2009, depois de receber uma overdose do anestésico propofol, enfrentou várias acusações de abuso sexual infantil.
Além de sua absolvição, em 2005, o artista pagou 15 milhões de dólares em 1994 em um acordo judicial devido a acusações que envolviam outro menino.
Fonte: MSN