Com a oscilação cambial e as fronteiras fechadas, o cliente optou pela bebida nacional
Vinícola Salton, no distrito Tuiuty; vendas superaram expectativa do setor (Foto: Bruno Santos / Folhapress)
A venda de espumantes de grandes fabricantes não cresceu apenas no fim do ano, quando o setor vive sua fase mais importante, mas durante um 2020 marcado por restaurantes fechados e festas de casamento canceladas. Empresas nacionais relatam alta de 10% a 20% no faturamento anual, impulsionado pelo consumo crescente no segundo semestre. Com a oscilação cambial e as fronteiras fechadas, o cliente optou pela bebida nacional, e o estoque nas vinícolas já está baixo.
Fermento A Salton, de Bento Gonçalves (RS), vendeu 1 milhão de litros a mais de espumante do que em 2019, basicamente a partir julho, segundo Maurício Salton, presidente da empresa. “Exportamos 1.200 mil garrafas a mais, dobrando a venda ao exterior.”
Mesa O início da pandemia assustou e as vinícolas até demitiram, mas o aumento do consumo de álcool em casa salvou a produção. “O mesmo movimento do vinho, que passou a ser mais consumido nos lares, ocorreu com o espumante no segundo semestre”, diz Oscar Ló, da Garibaldi.
Na garrafa As vinícolas conseguiram manter os preços na crise, muito competitivos com o dólar alto. Em 2021, no entanto, devem reajustar as tabelas, já que os insumos encareceram, em especial o vidro.
“Esperamos que as vendas de fim de ano subam de 15% a 18%, mesmo sem festa. Mas o espumante foi uma surpresa o ano todo”, afirma Eduardo Valduga, diretor da empresa que leva seu sobrenome. Ele diz que a bebida passou a ser usada em drinques e que, assim como o vinho, “virou instagramável”.
O comércio também agradou estrangeiras como a Freixenet, que aumentou o faturamento no Brasil em até 60%, segundo o diretor-executivo Fabiano Ruiz. “A expansão do crescimento era de 30%, aí baixamos para 5% com a pandemia, mas o consumo per capita aumentou.”
O cenário das grandes não necessariamente reflete o caixa dos menores. Dados parciais divulgados pela Univibra (União Brasileira de Vitivinicultura) mostram elevação de quase 5% no comércio do espumante moscatel e queda de 4,78% no de champagne. A pesquisa não inclui as vendas de dezembro.
A venda de espumantes de grandes fabricantes não cresceu apenas no fim do ano, quando o setor vive sua fase mais importante, mas durante um 2020 marcado por restaurantes fechados e festas de casamento canceladas. Empresas nacionais relatam alta de 10% a 20% no faturamento anual, impulsionado pelo consumo crescente no segundo semestre. Com a oscilação cambial e as fronteiras fechadas, o cliente optou pela bebida nacional, e o estoque nas vinícolas já está baixo.
Fermento A Salton, de Bento Gonçalves (RS), vendeu 1 milhão de litros a mais de espumante do que em 2019, basicamente a partir julho, segundo Maurício Salton, presidente da empresa. “Exportamos 1.200 mil garrafas a mais, dobrando a venda ao exterior.”
Mesa O início da pandemia assustou e as vinícolas até demitiram, mas o aumento do consumo de álcool em casa salvou a produção. “O mesmo movimento do vinho, que passou a ser mais consumido nos lares, ocorreu com o espumante no segundo semestre”, diz Oscar Ló, da Garibaldi.
Na garrafa As vinícolas conseguiram manter os preços na crise, muito competitivos com o dólar alto. Em 2021, no entanto, devem reajustar as tabelas, já que os insumos encareceram, em especial o vidro.
“Esperamos que as vendas de fim de ano subam de 15% a 18%, mesmo sem festa. Mas o espumante foi uma surpresa o ano todo”, afirma Eduardo Valduga, diretor da empresa que leva seu sobrenome. Ele diz que a bebida passou a ser usada em drinques e que, assim como o vinho, “virou instagramável”.
O comércio também agradou estrangeiras como a Freixenet, que aumentou o faturamento no Brasil em até 60%, segundo o diretor-executivo Fabiano Ruiz. “A expansão do crescimento era de 30%, aí baixamos para 5% com a pandemia, mas o consumo per capita aumentou.”
O cenário das grandes não necessariamente reflete o caixa dos menores. Dados parciais divulgados pela Univibra (União Brasileira de Vitivinicultura) mostram elevação de quase 5% no comércio do espumante moscatel e queda de 4,78% no de champagne. A pesquisa não inclui as vendas de dezembro.