Manuela Vicente morreu após um veículo furar a preferencial e atingir o carro em que ela estava com o marido
A jovem Manuela Queiroz Vicente, que morreu em abril deste ano após ser vítima de um acidente de trânsito, foi intimada a depor quase três meses após o ocorrido. A intimação chegou na casa dos pais de Manuela após o motorista que causou o acidente registrar um boletim de ocorrência e a jovem ser convocada como testemunha. Os pais da vítima tiveram que ir até a delegacia comunicar que a jovem havia morrido.
Manuela, estava grávida de seis meses, e no momento em que voltava com marido de uma confraternização com a família teve o carro em que estava atingido por um veículo que furou a preferencial no bairro Boqueirão, em Curitiba. O motorista que causou o acidente, Samuel Alisson Soares Barbosa, estava bêbado e em alta velocidade. A jovem perdeu o bebê, passou por várias cirurgias, mas morreu quatro dias depois no hospital.
Sendo relatos de testemunhas, Samuel estava agressivo, embriagado, não fez o teste do bafômetro e foi preso no local do acidente por desacato. Ele ficou preso por um dia e logo foi solto. Agora, Samuel registrou um boletim de ocorrência acusando os policiais de agressão. O inquérito foi aberto e a vítima do acidente foi convocada a depor como testemunha.
“Ele está tentando desviar o foco real dele ter matado a minha filha, acusando os policiais que fizeram o trabalho deles, ajudaram, foram prestativos, e está querendo prejudicar mais gente que não tem nada a ver, o que passa pela cabeça desse advogado que está defendendo ele” disse Valdomiro Vicente, pai da vítima.
Os pais da jovem contaram à equipe do Balanço Geral Curitiba que após saber que a jovem e o bebê tinham morrido, Samuel ofereceu dinheiro para a família. Samuel possui outros boletins de ocorrência, já respondeu por outros acidentes de trânsito como atropelamento e precisou devolver a CNH.
Procurada pela equipe da RICtv, a Polícia Civil não retornou até o momento.