Em nota, a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que Alexandre Giordano (MDB-SP) não tinha conhecimento do ocorrido
Uma cena de má utilização de veículo oficial do Senado Federal foi flagrada pela reportagem do Metrópoles na manhã desta quinta-feira (10/11). A prática consiste em improbidade administrativa.
O carro do senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP) desembarcou três homens no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL). Giordano é suplente do ex-aliado do mandatário Major Olímpio, que morreu em março do ano passado vítima da Covid-19.
Questionado pela reportagem, um dos homens informou que o senador não os acompanhava porque está participando da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito.
Ele não se identificou e, também afirmou que nenhum dos três integram o gabinete do senador. Segundo o rapaz, estavam no local apenas para “visitar” o cartão postal.
O regimento do Senado proíbe que o carro oficial seja usado “no transporte de família do servidor do estado, ou pessoa estranha ao serviço público” ou “em passeio, excursão ou trabalho estranho ao serviço público”.
O Regulamento Administrativo do Senado também veda o uso do carro fora do horário de trabalho do parlamentar. Os veículos devem ser recolhidos aos fins de semana e feriados ou quando o parlamentar não estiver trabalhando, a não ser que haja autorização da Primeira-Secretaria da Casa.
Em nota, a assessoria do parlamentar informou que a condução se deu em razão do apoio a secretários municipais de Itatiba, São Paulo. Veja a íntegra do comunicado:
“O senador está em viagem para a COP27, recebeu demanda do município de Itatiba em agendas no Senado Federal, na Camara dos Deputados e no FNDE na data de ontem (9 de outubro) e hoje (10 de outubro), solicitou que seu gabinete parlamentar desse apoio aos secretários municipais que se deslocaram a Brasília para essas agendas para atender a demandas do município de Itatiba. E somente esse apoio exclusivamente, para agendas oficiais.
No deslocamento do Congresso Nacional para o FNDE os secretários solicitaram se poderiam passar para ver o Palácio do Alvorada no percurso, pelo seu valor para o País, por ser a residência oficial do Presidente da República. E o motorista conduziu esse percurso sem antes consultar e receber autorização do Senador que somente tinha ciência das agendas no Congresso Nacional e no FNDE”.