Segundo especialista, fenômeno está relacionado a descargas atmosféricas que antecedem tempestades.
Moradores de Goianésia, na região central de Goiás, registraram um clarão no céu da cidade, na noite de quarta-feira (27). O empresário Marcos Vinicius Fernandes, de 28 anos, conta que ficou impressionado com a forte luz que se formou dentro de uma das nuvens.
“Estava em casa e comecei a ver muita gente postando fotos do céu nas redes sociais. Daí resolvi sair na porta de casa para conferir e vi o clarão. Nunca tinha visto algo tão bonito”, contou.
Segundo Marcos, o clarão durou quase uma hora. “Começou por volta das 19h, bem na hora que eu havia pedido comida. Depois de um tempo, tampou tudo e começou a chover”, afirmou.
A vendedora Fernanda Cristina de Paiva, de 30 anos, mora em Goianésia há 10 anos e conta que nunca tinha presenciado algo parecido.
“Foi muito bonito, fiquei impressionada com a cor que estava. Tirei algumas fotos e comecei a ver muita gente postando também. Todo mundo da cidade ficou curioso, porque é algo que nunca tinha acontecido”, disse.
De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, a luz surgiu a partir de raios que se formaram dentro das nuvens.
“O fenômeno que vimos nas fotos nada mais é do que raios ou descargas atmosféricas intranuvem, que acontecem dentro da própria nuvem. Essas nuvens que foram registradas, são nuvens cumulonimbus. É um preparatório para aquelas fortes tempestades, que trazem chuvas locais fortes”, explicou.
Ainda segundo André, apesar de chamar atenção pela beleza, o fenômeno antecede fortes tempestades, onde, nesses casos, é importante tomar os cuidados necessários durante por causa dos raios.
“No primeiro momento, é realmente muito bonito de se ver. A impressão que se tem é que as nuvens estão acendendo e apagando. No segundo momento, na evolução de uma tempestade, já tem os raios, e aí vem a nuvem solo. Aí sim, realmente, traz bastante perigo, pois podem acontecer acidentes com essas cargas atmosféricas. Fica sempre o nosso alerta para, na iminência de tempestades, procurar um local seguro”, concluiu.