Escola fica na zona rural de Goiânia e atende estudantes de 5 a 11 anos. Acusado foi foi solto após assinar TCO por ameaça na delegacia
Um homem de 58 anos, vizinho de uma escola de zona rural, foi preso na quinta-feira (2) suspeito de ameaçar professores com uma espingarda por não gostar do barulho das crianças brincando, no Sítio Recreio dos Bandeirantes, em Goiânia.
O comandante da Ronda Ostensiva Municipal Urbana (Romu), Vagner Rodrigues, disse que o homem cavou buracos nas proximidades da escola para dificultar o trânsito de carros de pais no local e colocou uma cerca elétrica na divisa com o colégio para "dar um susto nos pestinhas".
Segundo Rodrigues, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça na Central de Flagrantes e foi liberado. O nome do homem não foi divulgado. Por isso, o G1 não localizou a defesa para se manifestar sobre a prisão.
"Ele também ameaçou colocar fogo na escola. Queria causar medo e pânico porque o barulho das crianças o irritava. O homem colocou cerca elétrica na divisa com a escola para inibir os 'pestinhas' de encostarem na cerca ou nos animais dele", destacou o comandante.
A Escola Municipal GO-040 fica na zona rural de Goiânia e atende estudantes de 5 a 11 anos. Uma funcionária que preferiu não se identificar contou ao G1 que o homem também xingava os pais dos alunos.
"Essa situação se arrasta há algum tempo. Ele não gosta dos alunos e reclama quando uma bola, por exemplo, cai no pasto da chácara dele. A situação é perigosa porque a cerca elétrica que ele colocou poderia machucar alguma criança", desabafou a servidora.
A Romu apreendeu uma espingarda, munições, dois carregadores e os fios da cerca elétrica encontradas com o suspeito.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, a instituição adotou medidas de segurança, como remanejamento de funcionários e envio de equipe para acompanhar a situação presencialmente. Além disso, a pasta havia solicitado apoio da Polícia Militar de Goiás e reforçou o acompanhamento da unidade por meio da Guarda Civil Municipal.
O G1 questionou à Polícia Militar sobre o patrulhamento na região, por e-mail, e aguarda resposta.