Antônia Pellegrino usou o Twitter para criticar governo e defender a produção, vista por mais de 2 milhões de pessoas nos cinemas
Antônia Pellegrino, corroteirista do filme Bruna Surfistinha (2011), rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro à produção. Marcando o perfil oficial do pesselista no Twitter, a artista fez duas postagens defendendo o longa-metragem e enumerando problemas envolvendo o governo e a situação econômica e social do Brasil. “O que você não deveria admitir é 13 milhões de desempregados, universidades sucateadas e ter laranjas na sua família. Cegueira e ignorância levam à censura. Melhore”, escreveu.
“Sr. Presidente, @JairBolsonaro. Como roteirista do filme, sinto-me orgulhosa de ter trabalhado numa produção que empregou 350 pessoas, premiada no Brasil e no mundo e que levou 2 MILHÕES de pessoas ao cinema”, disse a cineasta, que colaborou no roteiro do recente documentário Democracia em Vertigem (2019), lançado pela Netflix. Ela também é ativista pelos direitos das mulheres e colunista do jornal Folha de S. Paulo e da revista Marie Claire.
Sr. Presidente, @JairBolsonaro. Como roteirista do filme, sinto-me orgulhosa de ter trabalhado numa produção que empregou 350 pessoas, premiada no Brasil e no mundo e que levou 2 MILHÕES de pessoas ao cinema.https://t.co/EAmk8iF5sC— Antonia Pellegrino (@APellegrino1) 19 de julho de 2019
Bruna Surfistinha (2011), dirigido por Marcus Baldini (Uma Quase Dupla), levou mais de 2 milhões de espectadores aos cinemas e figura entre as 100 maiores bilheterias do audiovisual brasileiro. Pellegrino dividiu o roteiro, baseado no livro O Doce Veneno do Escorpião, de Raquel Pacheco (a Surfistinha), com Homero Olivetto e José Carvalho.
Nesta quinta (18/07/2019), Bolsonaro assinou a transferência do Conselho Superior de Cinema, responsável pela política audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil, além de mover a diretoria da Ancine (Agência Nacional de Cinema) do Rio de Janeiro para Brasília. Na ocasião, disse: “Não posso admitir que com o dinheiro público se faça um filme como Bruna Surfistinha”.
“Não temos problema com essa opção ou aquela. O ativismo que não podemos permitir, em respeito com as famílias”, completou.