Membros da associação criminosa vendiam os produtos para empresas de São Paulo e Minas Gerais, mas colocavam as notas fiscais em nome de empresas goianas
A Polícia Civil investiga empresários do ramo de subprodutos bovinos e contadores integrantes de uma associação criminosa que são suspeitos de usar empresas “laranjas” para sonegar R$ 50 milhões em impostos fiscais. A investigação é parte da Operação Tutano deflagrada nesta terça-feira (14) em Goiânia, Trindade e Abadia de Goiás. Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram realizados, ninguém foi preso.
“A associação criminosa criou empresas de fachada em nomes de laranjas para vender os produtos, popularmente conhecido como sebo bovino, para outros estados, mas emitiam as notas em nome de empresas que existiriam em Goiânia, empresas de fachada. Ou seja: o produto é vendido para outros estados, mas a nota é emitida aqui”, explica do delegado Marcelo Aires, responsável pela investigação.
De acordo com o delegado, quando a comercialização do produto bovino é feita dentro do Estado, não há necessidade de pagar imposto e, por isso, os membros da associação fraudavam as notas. Os produtos eram encaminhados para grandes empresas de São Paulo e Minas Gerais.
Aparelhos eletrônicos e documentos que estavam nas empresas e nas residências do envolvidos foram apreendidos para investigação.
Aparelhos eletrônicos e documentos que estavam nas empresas e nas residências do envolvidos foram apreendidos para investigação.