Momento comoveu telespectadores e até mesmo a repórter, que afirmou ter vivido um dos momentos mais emocionantes de sua carreira
Um momento exibido no Bahia Meio Dia, emissora afiliada da Globo em Salvador, comoveu os telespectadores nessa quarta-feira (27/4). Durante uma reportagem sobre o trabalho escravo na Bahia, Madalena Silva, mulher negra resgatada de trabalho análogo à escravidão confessou à repórter Adriana Oliveira que temia pegar em sua mão por ela ser uma mulher branca.
“Fico com receio de pegar na sua mão branca”, desabafou Madalena. “Mas por quê? Tem medo de quê?”, indagou a repórter, estendendo as mãos. “Por que ver a sua mão branca… eu pego e boto a minha em cima da sua e acho feio isso”, explicou ela. “Sua mão é linda, sua cor é linda. Olhe para mim, aqui não tem diferença. O tom é diferente, mas você é mulher, eu sou mulher. Os mesmos direitos e o mesmo respeito que todo mundo tem comigo, tem que ter com você”, destacou a jornalista, que ainda deu um abraço em Madalena.
Veja o vídeo:
Madalena Silva foi resgatada em março de 2021 após passar 54 dos 62 anos de vida sendo escravizada por uma família. Morando atualmente em Lauro de Freitas, a doméstica não recebia salário, era maltratada e sofria com roubos da filha dos ex-patrões, que chegou a fazer empréstimos em seu nome e se apossar de R$ 20 mil da sua aposentadoria.
O momento comoveu telespectadores e foi bastante comentado na web. “Essa matéria da afiliada da Globo na Bahia é mais um soco no estômago. Aliás, todo dia a gente leva uma surra, né”, lamentou um internauta. “
Nas redes sociais, Adriana Oliveira declarou que o momento foi um dos mais emocionantes de sua carreira. “Ainda estou impactada com o encontro com Dona Madalena. Ela foi vítima de uma violência brutal por 54 dos 62 anos de vida. E dentro de uma casa “de família” foi submetida a condições análoga à escravidão. Ela foi resgatada, em março, por auditores do Ministério do Trabalho.
“Ainda tô impactada com o encontro com Dona Madalena. Ela foi vítima de uma violência brutal por 54 dos 62 anos de vida. E dentro de uma casa “de família” foi submetida a condições análoga à escravidão. Ela foi resgatada, em março, por auditores do Ministério do Trabalho. Hoje vivi um dos momentos mais emocionantes nos 27 anos de profissão. Ainda tem muita luta”, escreveu Adriana.