João Carlos pecisava do equipamento para o pós-operatório, mas a clínica particular estava sem o item. Caso ocorreu em Curitiba, no Paraná
Um homem de 35 anos teve uma luva cirúrgica colocada no lugar de uma bolsa de colostomia em uma clínica particular de Curitiba (PR). João Carlos dos Santos precisava do dispositivo para um procedimento pós-operatório no rim e, ao procurar a instituição de saúde, foi informado pelo médico que a clínica estava sem o item e colocaria uma luva em substituição.
O paciente contou que, no momento da aplicação, não entendeu bem os riscos e aceitou a aplicação. Contudo, após chegar em casa e se deparar com o incômodo causado, disse que “caiu a ficha”.
“O médico falou que era medicina de guerra e colocou uma luva improvisando o procedimento. Saí do hospital com aquela luva pendurada na barriga, vazando muito. Em casa, eu não tinha controle. Fiquei encharcado de secreção… Minhas roupas e cobertores ficaram todos molhados”, contou, em entrevista ao G1.
João Carlos usava um dreno para eliminar secreções do procedimento operatório. A indicação de colocar a bolsa de colostomia veio quando o curativo passou a ser insuficiente para sustentar a drenagem por causa da quantidade de líquido eliminada.
Segundo ele, procedimento era temporário, uma vez que o médico pediu para vê-lo novamente no outro dia. Mesmo assim, João admitiu ter se sentido constrangido.
“Não quero que outras pessoas passem por situações semelhantes. Fiquei entristecido e muito chateado. Eu me senti totalmente desrespeitado por receber esse tipo de atendimento”, afirmou.
Incomodado com o dispositivo precário, o paciente disse que substituiu a luva no mesmo dia, por intermédio de uma amiga que trabalha em um hospital da capital paranaense. Ela conseguiu uma bolsa de colostomia para ele.
“Como não tinha a bolsa de colostomia, ele improvisou e, no momento, eu até me achei bem acolhido, ele estava sendo simpático. Depois que caiu a ficha, pensei: ‘Cara, o que eu estou fazendo com isso aqui?’. Aí, pedi ajuda para uma amiga”, relatou.
João Carlos disse que, até esta terça-feira (11/10), só fez reclamação sobre o caso para a empresa que administra a clínica.
Em nota ao Metrópoles, a empresa lamentou o ocorrido e disse que desligou o médico da equipe. Também afirmou que o paciente está bem e que todas as demandas dele “estão assistidas”.
“Assim que houve conhecimento dos fatos, o médico foi desligado, o paciente, acolhido, e todas as demandas estão assistidas.O paciente está bem e em continuidade ao seu tratamento ambulatorial. A companhia preza pelo bem-estar do paciente sempre e está em contato direto e à disposição do beneficiário para melhor assisti-lo”, informou.