Gravação mostra quando Bella Araújo, de 1 ano e quatro meses, começa a se afogar e é socorrida pelo pai, em Matrinchã. Família redobrou os cuidados com a piscina após o incidente; veja dicas
A mãe da bebê Bella Araújo, de 1 ano e quatro meses, disse que o filho mais velho, de 5 anos, viu a irmã se afogando na piscina pelas câmeras de segurança e chamou o pai, que descansava na rede, para socorrê-la.
A mãe da bebê, Karlla Lohara Araujo Sousa, de 28 anos, disse que o marido acabou pegando no sono antes de ser chamado pelo filho.
"A gente percebe que ele [irmão] chamou pelas imagens da câmera. O pai acabou pegando no sono e ele gritou: ‘papai, papai, a Bella'. Foram oito segundos. Foi muito rápido. A vida da gente pode acabar em segundos", disse a mãe.
O caso aconteceu em Matrinchã, a 250 km de Goiânia, no dia 12 de setembro, e o vídeo foi publicado pela mãe dois dias depois do ocorrido, mas só começou a ter repercussão no início deste mês.
Na imagem, é possível ver ainda que o pai da menina, Cleyton Alves Pinto, de 38 anos, fica sem reação após resgatar a filha na piscina. Ele levanta a bebê e assopra o rosto dela.
"O susto foi muito grande. Quando eu a levanto, ela não chora, fica vermelhinha. Não sabia nem o que fazer. Foi muito chocante", desabafou o pai.
A mãe da bebê explicou que estava fazendo muito calor no dia do ocorrido e que o esposo decidiu entrar na piscina com os dois filhos. No entanto, em determinado momento, começou a ventar muito forte e o filho mais velho, Miguel Araújo Alves Azevedo, de 5 anos, decidiu sair da água.
“Eu estava sentada a cerca de 1 metro da borda interagindo com eles. Na hora que começou a ventar, meu filho ficou com medo e saiu. Logo depois, começou a chover muito forte e meu esposo também saiu com a Bella e a me entregou para trocá-la no quarto”, contou.
A mãe contou ainda que, enquanto trocava a filha, o marido deitou na rede para esperar a chuva passar para, em seguida, poder colocar a lona de proteção na piscina. No entanto, após ter a roupa trocada, a filha do casal foi para a área de lazer, momento em que entrou na água.
“Aqui tem uma porta de vidro que dá acesso à área de lazer. Ela estava fechada, mas o Miguel passou e acabou deixando aberta, por isso ela foi. O pai achou que a Bella ainda estava comigo no quarto”, relatou a mãe.
Karlla Lohana compartilhou o vídeo em suas redes sociais. Ela contou que teve como intenção alertar outros pais do perigo de crianças com piscina. No entanto, ela recebeu várias críticas.
“Teve gente comentando até que minha filha deveria ter morrido para que eu e meu esposo fôssemos presos. Minha rede social é pequena, eu nunca imaginei que tomaria tanta proporção”, disse.
Até a tarde desta quinta-feira (28), o post tinha mais de 600 mil visualizações e 13 mil comentários. A mãe da bebê contou que, no começo, tentava responder as críticas para explicar o ocorrido, mas acabou não conseguindo mais.
“Eu só queria alertar. Acidentes acontecem o tempo todo e muitos podem ser evitados. A gente toma o maior cuidado, mas as coisas acontecem em segundos”, disse.
A mãe dela contou que sempre tomou bastante cuidado com a piscina e que, quando não está em uso, ela fica coberta com uma lona de proteção. No entanto, após o episódio, a família decidiu redobrar os cuidados e vai instalar uma cerca de proteção na borda.
Além disso, ela contou que começou a procurar professor de natação para a Bella, mas disse que, como a cidade é muito pequena, não tem nenhuma escola que oferece o treinamento na região.
Com a repercussão do vídeo, uma professora de natação entrou em contato com a família para oferecer seu trabalho. Desde então, a bebê está fazendo o treinamento por meio de videochamada.
Veja algumas dicas para se divertir sem preocupação na água:
O coronel dos Bombeiros Braúlio Flores disse que a recomendação para casos de afogamentos é sempre chamar a corporação o mais rápido possível.
"A depender da situação, orientações diferentes podem ser dadas, ainda por telefone, enquanto o socorro está a caminho. O socorro para alguém que se afogou após ter mergulhado, e batido a cabeça no fundo, tem procedimentos preponderantemente diferentes daquele que é prestado a alguém que simplesmente imergiu por não saber nadar", explicou o coronel.