Antônio Moreira tinha 87 anos e morreu há uma semana. Liberação para sepultamento será feita com termo de reconhecimento e DNA
Antônio Moreira de Sousa não tem nenhum documento e, com isso, não consegue ser enterrado — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A família do idoso Antônio Moreira de Sousa, de 87 anos, não consegue enterrar o corpo dele, que morreu há uma semana, por ele não ter nenhum documento de identidade. Homem está no Instituto Médico Legal de Anápolis, a 55 km de Goiânia, e será necessário fazer um exame de DNA para confirmar o parentesco com familiares.
“Eu não me conformo. Eu quero dar um enterro digno para ele, eu quero arrumar ele junto com meu pai, minha mãe e meus irmãos”, disse Divina Lucinda de Jesus, irmã de Antônio.
Antônio morreu devido a consequências de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele deu entrada na Santa Casa de Misericórdia no dia 30 de outubro e acabou morrendo na última sexta-feira (19).
O hospital no pôde liberar o corpo dele por não ter nenhuma documentação. Com isso, o idoso foi encaminhado para o Instituto Médico Legal.
“Ele nunca teve um registro. Por causa dessa falta de documentação a gente está tendo dificuldade em retirar o corpo do meu tio do IML”, disse Eliene Melo, sobrinha de Antônio.
O homem nasceu no interior de Minas Gerais e, ainda criança, se mudou para Uruíta, distrito de Uruana. Nunca foi registrado e, com isso, nem mesmo a certidão de nascimento ele tinha.
A Superintendência da Polícia Científica de Goiás informou que o corpo que deu entrada sem identificação no IML vai ser liberado a partir de um termo de reconhecimento, que é quando um parente próximo reconhece o corpo.
Porém, mesmo assim, será feito um teste de DNA com a família para comprovar o parentesco com Antônio.