No centro do PL das Fake News, Facebook e Google foram as empresas que mais receberam dinheiro de candidatos na eleição do ano passado
Facebook e Google, duas big techs no centro do Projeto de Lei (PL) das Fake News, foram as empresas que mais receberam dinheiro de candidatos na eleição do ano passado. Juntas, auferiram R$ 252 milhões de uma lista suprapartidária de políticos para impulsionar conteúdos na internet.
O Facebook, maior fornecedor da eleição, recebeu R$ 126,5 milhões de 5.611 candidatos. A média foi de R$ 22,5 mil por candidato. A lista é liderada por Jair Bolsonaro, candidato à reeleição presidencial pelo PL, com R$ 5,2 milhões; Simone Tebet, candidata à eleição presidencial pelo MDB, hoje ministra do Planejamento, com R$ 2,1 milhões; e Elmano Freitas, que se elegeu governador do Ceará pelo PT, com R$ 1,6 milhão.
O Google, segundo maior fornecedor, vendeu serviços para 1.916 candidatos, R$ 65,7 mil por político em média. Os três maiores estavam na corrida ao Palácio do Planalto: Bolsonaro, com R$ 27,8 milhões; Lula, do PT, com R$ 23 milhões; e Ciro Gomes, do PDT, com R$ 3,3 milhões.
Nesta terça-feira (2/5), o ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou que os presidentes da Meta, controladora do Facebook, e do Google prestem depoimento à Polícia Federal sobre supostas práticas abusivas em relação ao PL das Fake News.