A operação ‘Cavalo de Troia’, desencadeada na manhã desta quarta-feira (27), com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão em imóveis de auditores fiscais suspeitos de desvio de dinheiro em um esquema criminoso, aponta que o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 8 milhões. Três auditores foram afastados dos cargos.
De acordo com informações do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), entre os anos de 2015 e 2017 foram criadas empresas com o objetivo de fraudar o fisco alagoano, tendo 'laranjas' e 'testas de ferro' como sócios. Para que essas empresas pudessem obter ilegalmente lucros, auditores fiscais recebiam propinas para encobrir a sonegação tributária praticada por elas.
O esquema era intermediado por contadores que faziam a ponte entre o empresário e os fiscais acusados de corrupção. Os crimes tinham a participação dos fiscais de renda José Vasconcellos Santos, Luiz Marcelo Duarte Maia e Marcos Antônio Rocha Barroso que, em esquema com o empresário Wilson Bezerra Leite Júnior, causaramum prejuízo de cerca de R$ 8 milhões aos cofres do tesouro estadual.
Os auditores fiscais José Vasconcellos Santos e Luiz Marcelo Duarte Maia já respondem a outros processos criminais na 17ª Vara Criminal. São ações penais resultantes das operações “Equis Viris” e “Polhastro II”. Tanto Vasconcellos quanto Duarte, assim como o auditor Marcos Antônio Rocha Barroso, já foram anteriormente afastados de suas funções na Sefaz.
Eles atualmente cumprem medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica e não podem sair de suas residências em razão da decisão de prisão domiciliar.
Fonte: R7