O Ministério da Educação admitiu que houve "inconsistências" na correção de 5.974 provas de candidatos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (28/01/2020) que vai apurar se houve falha do governo ou humana, além de sabotagem, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019.
“Enem tá complicado. Eu tô conversando com ele [ministro da Educação, Abraham Weintraub], tá? Para ver se foi alguma falha nossa, falha humana, sabotagem, seja lá o que for. Temos que chegar no final da linha e apurar isso daí. Não pode acontecer isso”, indicou. “Eu não quero me precipitar dizendo o que deve ter acontecido com o Enem”, completou o presidente na entrada do Palácio da Alvorada.
“Acho que todas as cartas estão na mesa. Não quero dizer que é isso, tá certo, para querer se eximir, talvez, de responsabilidade que seja nossa. Não sou dessa linha. Eu quero realmente é apurar e chegar no final da linha para falar com propriedade. Se for nossa, assume. Se for de outros, mostra com provas o que houve”, completou.
Segundo o Ministério da Educação, houve “inconsistências” na correção de 5.974 exames, entre 3,9 milhões de alunos. O erro só foi identificado após reclamação dos estudantes, que perceberam aumento nas notas de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o que deixaria vários candidatos fora da lista de aprovados.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu o erro, mas garantiu que todos os danos já haviam sido reparados.
Na última sexta-feira (24/01/2020), a Justiça de São Paulo determinou a comprovação, por parte do governo, de que os erros na correção das provas do Enem 2019 foram total e efetivamente sanados.
Além de pedir por uma nova análise do governo quanto às falhas, a decisão pediu a suspensão da divulgação dos resultados do Sisu a partir do dia seguinte ao término do prazo para inscrição, nesse domingo (26/01/2020).