Revista com escâner corporal identificou material engolido pelos presos em Bauru (SP), mas que eles não conseguiram expelir. Um deles engoliu 18 aparelhos, além de invólucros com drogas.
Dois detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP-2) de Bauru (SP) precisaram ser submetidos a cirurgias para retirada de 26 minicelulares e invólucros de drogas que engoliram para levar à unidade no retorno de uma saída temporária. A unidade é do sistema semiaberto.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, os dois presos retornavam da saída temporária na última segunda-feira (24), quando foram barrados após o escâner corporal detectar imagens suspeitas.
Ambos admitiram terem engolido objetos e foram isolados para observação na enfermaria da unidade para, espontaneamente, tentarem expelir os objetos.
Um dos sentenciados conseguiu expelir quatro minicelulares e quatro invólucros de maconha, mas afirmou ainda ter objetos dentro do corpo. Já o segundo detento não conseguiu expelir nenhum objeto.
Diante da situação, a direção do CPP encaminhou os dois para atendimento hospitalar, onde foi identificada a necessidade de intervenção cirúrgica para retirada dos objetos.
O preso que havia expelido parte do material teve retirados mais quatro minicelulares de seu corpo. O outro detento teve extraído 18 minicelulares e quatro invólucros, três deles contendo maconha e o último com 50 micropontos de K4, droga popularmente conhecida como maconha sintética.
Um deles recebeu alta neste domingo (30) e o outro continua internado.
A droga e os minicelulares apreendidos foram encaminhados para a Polícia Civil para fazer o boletim de ocorrência. O detento que teve alta foi encaminhado para o pavilhão disciplinar do CPP-2 de Bauru.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a unidade prisional instaurou procedimento interno disciplinar, que deverá resultar na regressão dos dois sentenciados para o regime fechado.