Miguel Arthur Gomes da Silva nasceu com uma doença rara e não possui os membros superiores e inferiores
"Eu fico feliz por ele não ser uma criança triste e deprimida. Ele sempre diz que é feliz", conta, orgulhosa, a recicladora Ivânia Gomes da Silva, de Fortaleza. Os elogios são para o filho Miguel Arthur Gomes da Silva, de seis anos, que nasceu com uma doença rara e não possui os membros superiores nem inferiores. Mas a deficiência não limita a diversão da criança nem o sonho de ser policial civil.
A família diz que o pequeno Miguel faz tudo o que uma criança gosta de fazer: jogar bola, e brincar de videogame e adora dançar. "É sério! Eu gosto de dançar, é verdade e não é mentira", afirma.
Segundo a mãe, ele aprendeu muito cedo a usar o aparelho celular para brincar, e fazer vídeos; ele diz ainda que arrisca seguir a carreira de "youtuber".
"Aprendi tudo sozinho. Quando faço os vídeos, digo: 'Fala, galerinha, eu voltei de novo", conta, sorrindo.
Miguel Arthur torce para o Fortaleza e é fã do zagueiro Titi. Ele recebeu um vídeo do atleta. "Passo aqui para te deixar um grande abraço. Agradeço o carinho que você tem por mim e pelo meu trabalho. Oro por você e ela sua família. Grande beijo no seu coração", disse o zagueiro tricolor.
Ivânia da Silva cuida do filho com outras duas crianças. Trabalha com reciclagem. Só após do nascimento do Miguel soube das condições dele.
"Foi uma surpresa para todo mundo. Aí veio o amor e veio o carinho de toda a família de todo mundo. Acho que é um desafio mais para ele do que para gente. Apesar de toda essa deficiência dele, ele tem um desenvolvimento muito rápido. Aprende muito rápido e ligeiro as coisas".
A família acrescenta que Miguel não para quieto. Durante todo o dia explora a casa do jeito que pode. E como toda criança possui sonhos: ele quer ser policial civil. “Eu quero ser policial civil. Quero ajudar as pessoas”, disse.
Em agosto, Miguel, ao lado da família, teve a oportunidade de conhecer o Departamento de Recuperação de Ativos e a Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil do do Ceará.
Durante a visita, Miguel visitou os setores das unidades, observou a rotina, conversou com policiais civis e acompanhou uma demonstração do cão farejador Shiryu.