Caiado anuncia reajuste salarial para professores e servidores da Educação de até 7,2%
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (17) dois reajustes salariais para professores e servidores da Educação. Para os professores das classes P1, P2, quadro temporário e professores contratados, a concessão é de 4,52%. Para as classes P3, P4 e administrativa, o aumento será maior, de 7,2%.
Será concedido também, segundo o governador, um auxílio mensal de R$ 500 para professores estudarem e aprimorarem as metodologias de ensino. O reajuste será percebido pelos servidores a partir de outubro de 25 de outubro deste ano.
"O auxílio aprimoramento é porque estamos sendo exigentes com as escolas, ampliando a grade curricular, principalmente em português e matemática. Por isso, a necessidade de aprimorarmos cada vez mais os nossos professores", ressaltou o governador.
Em relação ao quadro fiscal para conceder os reajustes, Caiado disse que o estado está em processo de renegociação de dívidas e que a concessão foi dentro dos limites da lei.
"Em decorrência de tudo aquilo que a secretaria de Educação conseguiu economizar no decorrer deste período, tirando o que fossem custos, de custeio e manutenção da estrutura da secretaria, foi repassado ao reajuste. Isso foi ao encontro de contas e foi possível chegar a este percentual", explicou.
Em entrevista à TV Anhanguera, nesta terça-feira, o governador também falou sobre outros assuntos, entre eles a baixa procura da população para tomar a 2ª dose da vacina contra a Covid-19.
Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde mostra que 200 mil goianos não voltaram para tomar a 2ª dose das vacinas contra a Covid-19, que, segundo Caiado, é um número alto e "inadmissível".
"Falo em todas as reuniões da necessidade de as pessoas se conscientizarem. É um absurdo tomar a 1ª dose e nós sabemos que a 2ª dose é a que promove a capacidade de eficiência da vacina. A 1ª não é capaz de poder promover a produção de anticorpos para que a pessoa fique imunizada", ponderou.
Conforme o governador, uma explicação para a baixa procura pode estar relacionada às fake news. Para ele, muitas pessoas tentam desacreditar a eficácia da vacina.
"Outros tentam plantar protocolos paralelos. Isso confunde a cabeça do cidadão. As pessoas precisam acreditar que não há outra alternativa para o combate do vírus do covid, só tem uma, que é a vacina, fora dela todos estamos expostos com altíssimo risco de vida", disse Caiado.
Segundo o governador, existe uma discussão sobre a aplicação da 3ª dose da vacina em todo o mundo. Ela acontece em decorrência de que alguns imunizantes não estão produzindo anticorpos na quantidade que se esperava, conforme afirmou.
"A prioridade seria fazer a aplicação de 3ª dose em pessoas que estão na frente de combate e pessoas com comorbidades. É uma previsão de aplicação de vacinas. Vamos primeiro chegar aos 18 anos. A 3ª dose está prevista em estudo", esclareceu.
A entrevista abordou a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS) dos combustíveis em Goiás. Depois de frequentes reajustes pela Petrobrás, o valor praticado no estado é um dos mais altos do país.
Caiado disse que a alíquota praticada em Goiás foi implantada em 2017. O problema para reduzir o imposto, segundo o governador, é que 25% dele é repassado para os municípios. Desta forma, as cidades que sobrevivem do dinheiro vindo do ICMS sofreriam mais do que outras que têm diversas fontes de arrecadação.
"O imposto não foi mudado no meu governo. A Petrobrás é que reajusta o preço em dólar", disse Caiado.