Conforme a Veja, militares convenceram presidente em manter ministro, por enquanto.
O site da revista Veja informa que o presidente Jair Bolsonaro desistiu, ao menos nesta segunda-feira, 6, de exonerar Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde.
Conforme o portal, no fim desta tarde Bolsonaro foi convencido por militares, como os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo), de que a melhor decisão seria manter o ministro por enquanto.
No início da tarde, Bolsonaro fez reunião com ministros, sem a presença de Mandetta, mas com o deputado Federal Osmar Terra, cotado para assumir a pasta. A notícia que correu é de que a exoneração sairia ainda hoje. Ainda ontem, Bolsonaro criticou o atual ministro, afirmando que "virou estrela" e completou: "A hora dele vai chegar".
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que faltava "humildade" ao atual ministro, expondo seu desconforto com Mandetta no enfrentamento ao coronavírus. “O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele, pode ser que ele esteja certo, mas está faltando humildade”, disse o presidente.
Há duas semanas, em pronunciamento oficial, Bolsonaro disse que autoridades estaduais e municipais deveriam abandonar o "conceito de terra arrasada", com proibição de transportes, comércio fechado e confinamento em massa: "O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos.
(...) Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado".
A fala foi diretamente de encontro às recomendações do ministério da Saúde, que tem defendido o isolamento social como a forma mais eficaz para conter a disseminação do coronavírus
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