O diagnóstico atualmente é feito por meio de ensaios moleculares de PCR, técnica tradicional e amplamente utilizada também para a detecção da contaminação por Covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta-feira (05) que recebeu durante a semana mais um pedido de registro de kit para teste de Varíola dos macacos. O primeiro foi feito pela empresa Biomédica, e o segundo pela CPMH - Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos LTDA.
Após a solicitação do produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit, a Anvisa pediu mais informações e dados para que seja concluída a análise da equipe técnica do órgão.
Para o registro ser feito, é preciso avaliar três aspectos: o processo de fabricação, a confiabilidade dos resultados e a efetividade para o diagnóstico.
Atualmente, o diagnóstico é feito por meio de ensaios moleculares de PCR, baseados em protocolos já validados anteriormente e com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica. Essa conduta para detectar a doença é regulamentada e equivalente à aplicada em diversos países, principalmente quando ocorre epidemia por agentes etiológicos emergentes.
De acordo com o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, "todas as pessoas vão estar passíveis de contaminação", uma vez que a varíola dos macacos já atinge grávidas e crianças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças com menos de oito anos podem apresentar complicações.