Segundo bombeiros, ao todo, doze trabalhadores ficaram intoxicados. Polícia Civil investiga o caso
Um vazamento de amônia na BRF de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, deixou uma pessoa morta e trabalhadores intoxicados, neste domingo (18/09), segundo a Polícia Civil. O Corpo de Bombeiros disse que, ao todo, doze pessoas tiveram intoxicação.
Ao g1, a BRF lamentou o ocorrido e disse que o vazamento já foi controlado. A empresa disse que, assim que tomou conhecimento do fato, acionou os bombeiros e evacuou o local. A companhia disse ainda que investiga as causas do incidente e que acompanha o estado de saúde dos colaboradores e "terceiros" encaminhados para atendimento médico.
Os bombeiros disseram que foram acionados para a ocorrência por volta de 15h50. Quatro equipes da corporação estiveram no local. Segundo eles, dentre os feridos, dois estavam em estado grave e um deles foi levado intubado para uma unidade de saúde.
Tenente Sebastião Junior, dos bombeiros, disse que as equipes encontraram uma “grande nuvem” de amônia. Ele disse ainda que os dois trabalhadores que ficaram mais graves estavam trabalhando em uma altura, o que pode ter dificultado para que ele saíssem do local.
“Infelizmente, dois deles realizavam um trabalho em altura, o que provavelmente fez com que a saída deles fosse um pouco retardada, de maneira que atingiu gravemente esses dois trabalhadores. Algumas vítimas foram menos graves”, disse.
Os feridos foram levados para hospitais pelos bombeiros e por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A própria empresa, que tem um serviço de socorro, também ajudou a encaminhar as vítimas para unidades de saúde.
Como os nomes dos trabalhadores feridos não foram divulgados, o g1 não conseguiu atualizar os estados de saúde deles até a última atualização desta reportagem.
O delegado Danilo Fabiano disse que a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para investigar o caso. Ele contou que uma equipe da perícia foi requisitada no local para verificar as causas da morte.
“A equipe da Polícia Civil já está no local para acompanhar toda a perícia, verificar causa, circunstância, para que ao final a gente possa concluir a respeito do que ocorreu e, eventualmente, tendo alguma questão criminal, que seja responsabilizado”, disse o investigador.