Educadora disse à estudantes de escola municipal em Posse (GO) que homossexual é "impuro". Ela foi gravada durante a fala e vídeo viralizou
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) pediu a apuração das responsabilidades administrativas e criminais das falas homofóbicas de uma professora, durante aula em um colégio municipal de Posse, no nordeste goiano.
O caso teve bastante repercussão após divulgação de um vídeo em que a professora Maria Elizete Anjos afirmou para estudantes que ser homossexual é “impuro”.
“Se você é homem, foi feito para a mulher e mulher para o homem. E o que foge disso é impuro”, afirmou a professora na gravação.
No documento que pede a investigação, o defensor público Marco Túlio Félix Rosa, coordenador do Núcleo Especializado de Direitos Humanos, afirmou que “a manifestação da professora extrapola o direito à liberdade de expressão, uma vez que este direito não deve ser invocado para encobrir falas discriminatórias e preconceituosas”.
Ofícios pedindo a apuração dos fatos foram enviados à Secretaria Municipal de Educação de Posse, Secretaria de Estado da Educação e para o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), da Polícia Civil. No documento ainda é requisitado um treinamento pedagógico para combater a homofobia nas escolas.
Ainda que tenha sido filmada no momento da fala aos alunos, quando da divulgação do vídeo, a professora tentou se defender. “Não são verdadeiros os supostos comentários homofóbicos atribuídos a mim”, destacou, em nota enviada à imprensa. A professora disse que sempre lutou e prezou para que todos mereçam respeito, independentemente de suas condições, palavras e pensamentos.