A Polícia Civil investiga um suposto esquema de fraudes na folha de pagamento do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (GoiâniaPrev). De acordo com a apuração inicial, pouco mais de 50 servidores já falecidos ou com cadastros desativados continuavam recebendo salários, o que teria gerado um prejuízo superior a R$ 3 milhões aos cofres públicos.
O esquema, que teria começado em 2023, ainda na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), envolvia a reativação de cadastros de aposentados mortos ou pensionistas com registros desativados.
Após a reativação, os dados bancários eram alterados para contas de terceiros.
De acordo com a Prefeitura de Goiânia, quatro funcionários de uma empresa prestadora de serviços foram afastados e estão sob investigação.
A Polícia Civil também considera suspeitos servidores ligados ao GoiâniaPrev e à Secretaria Municipal de Administração.
A gestão municipal informou que colabora com as investigações e que auxiliares do prefeito Sandro Mabel (UB) foram destacados para apoiar a apuração.
O caso já foi formalmente comunicado à polícia, que identificou contas bancárias utilizadas no esquema, inclusive em outros estados. “Identificamos 55 casos com irregularidades, com prejuízo de R$ 3 milhões. E, graças ao nosso controle, conseguimos evitar mais prejuízos”, explicou o chefe do executivo.
A Controladoria-Geral do Município segue realizando auditorias em contratos e folhas de pagamento para verificar se há outras irregularidades.
Até o momento, segundo a Prefeitura, não há indícios de participação de servidores efetivos no esquema.
“As contas bancárias utilizadas já foram identificadas, muitas delas em outros estados. O caso agora está com a polícia e estamos à disposição para colaborar com o que for necessário”, afirmou o prefeito.